Para conseguir atender o volume de pacientes com suspeita de covid-19 ou diagnosticados em Franca, a Prefeitura vai ampliar o atendimento do Pronto Socorro Dr. Álvaro Azzuz a partir desta sexta-feira (14) usando parte da estrutura de pediatria da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Aeroporto. Com essa ampliação de estrutura, novos leitos e estrutura física passarão a ser usados para tentar também diminuir a aglomeração de pessoas.
A ala na UPA vai ser usada apenas como extensão do Álvaro Azzuz e por isso os pacientes serão encaminhados para lá. Não haverá atendimento direto. Quem estiver com diagnóstico gripal deve procurar o Pronto Socorro.
Os pais que precisarem de atendimento e antes levariam as crianças para a UPA do Aeroporto agora terão de ir direto ao Pronto Socorro Infantil, que fica na Avenida Dr. Hélio Palermo.
“Nós dobramos a capacidade do Pronto Socorro Álvaro Azzuz e mesmo assim estamos tendo que abir novas vagas”, disse o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) na tarde desta quinta-feira (13). Todos os dias há pacientes que ficam aguardando vaga em alguma unidade de Franca ou da região para casos de covid-19. Nesta quarta-feira (12), 22 pessoas precisam de UTI e não tinham.
“Eu tenho falado muito da gravidade da situação, mas parece que boa parte da população ainda age como se o vírus não existisse ou não tivesse risco de ele ficar doente e muito menos de ele transmitir para outras pessoas ou familiares. E que isso não é real em nossa cidade e isso não é verdade”, alertou o prefeito de Franca.
Ele ainda não se posicionou oficialmente sobre decretar lockdown ou determinar medidas restritivas que possam restringir a circulação de pessoas. Porém, com a escalada de casos do novo coronavírus e a gravidade da doença afetando um número maior de pessoas e pressionando o sistema de saúde na cidade, restrição na cidade não é um caso a ser descartado dentro dos próximos dias.
A Prefeitura já se posicionou que vai enviar projeto de lei para a Câmara autorizar a contratação emergencial de mais profissionais de saúde. “Se você quer continuar que a cidade continue aberta, você precisa fazer a sua parte com urgência”, reconheceu Alexandre Ferreira.