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Sem vacinação eficaz, morte de pessoas com idade entre 40 e 59 anos em Franca aumenta 100%

Vacina Coronavac que está sendo aplicada no país. Foto: Divulgação/Prefeitura de Franca

A crise na saúde em Franca provocada, principalmente, pela pandemia do novo coronavírus, causou na cidade aumento de mais de 100% na morte de pessoas com idade entre 40 e 59 anos. Os dados são referentes a abril de 2021 e foram divulgados a partir do registro em Cartórios de Registro Civil de Franca. Para especialistas, a necessidade de vacinação contra a covid-19 é a principal medida para combater essa mortalidade crescente.

“Ainda aguardando o cronograma de vacinação para suas idades na cidade, a população mais jovem viu crescer os números absolutos e percentuais de óbitos no último mês, mesmo quando comparados a março deste ano, o mês com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus em Franca, e também em relação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia”, alertou a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

Os dados sobre a mortalidade de pessoas mais jovens em decorrência de complicações causadas pelo vírus SARS-CoV-2 constam no Portal da Transparência do Registro Civil (http://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Arpen-Brasil. Essas informações são cruzadas com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Em Franca, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento de mortes em relação à média, considerando o início da pandemia (março de 2020), foi a da população entre 40 e 49 anos. O crescimento foi de 136% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021. Os números absolutos de falecimentos desta faixa etária também aumentaram em abril, passando de 7 em março para 11 no último mês, mesmo com a diminuição no total de mortes causadas pela doença em relação a março de 2021.

“Na sequencia, a faixa etária que vai dos 50 aos 59 anos viu o aumento do número de óbitos crescer 111% em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Outra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 60 e 69 anos, onde houve um aumento de 87% no período, e também em números absolutos na comparação com março, passando de 17 para 27 óbitos”, analisou a Arpen.

No caso das pessoas que já foram atendidas pela vacinação contra a covid-19, há números que levam a entender que a imunização surte efeito prático. Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à média desde o início da pandemia, reduzindo 32% na faixa entre 70 e 79 anos, 84% entre 80 e 89 anos, e 71% na população entre 90 e 99 anos.

Estado de São Paulo

Em relação ao estado de São Paulo, os números estão à frente da média do Brasil em todas as faixas etárias. Entre a população de 20 a 29 anos, o crescimento percentual paulista foi de 53%, enquanto no País foi de 38%. Na faixa que vai dos 30 aos 39, São Paulo viu os óbitos crescerem 73%, enquanto o Brasil registrou aumento de 56%. O cenário se repetiu nas faixas de 40 a 49 anos, 66% x 57%, 50 a 59 anos, 56% x 54%, e 60 a 69 anos, 24% a 22%.

A Arpen/SP

Fundada em fevereiro de 1994, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP) representa os 836 cartórios de registro civil, que atendem a população em todos os 645 municípios do Estado, além de estarem presentes em outros 169 distritos e subdistritos, realizando os principais atos da vida civil de uma pessoa: o registro de nascimento, casamento e óbito.

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