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Campeões paralímpicos de Franca mostram exemplos de superação

Foto: Divulgação/Grupo Santa Casa

Campeões na vida, assim podem ser definidos os atletas Rodrigo Caprício e Michael de Souza. Ambos são pessoas com deficiência física, mas que encontraram caminhos para superar a dificuldade que enfrentavam. E foi no esporte que eles mostraram que barreiras físicas e mentais podem ser vencidas. Além disso, tornaram-se campeões nas modalidades que passaram a treinar.

Os dois trabalham no Grupo Santa Casa de Franca, eles são atendentes da Central de Doações do Hospital do Câncer de Franca, atuam como agentes em um ponto essencial de uma complexa rede para salvar vidas de crianças, jovens e adultos com câncer, pois são o contato direto do hospital com a comunidade, para a arrecadação de doações que são aplicadas na compra de equipamentos e insumos diversos, que impactam na qualidade do tratamento desses pacientes.

Michael de Souza Carneiro, 29 anos, desde a adolescência sempre gostou da prática esportiva como musculação, corrida, etc; mas aos 19 anos teve um acidente de moto e devido aos ferimentos, sofreu a amputação de seu braço esquerdo. Passado o período de recuperação, continuou com os esportes, inclusive praticando boxe; mas somente seis anos após seu acidente veio a conhecer o esporte paralímpico em Franca, através Equipe ACD (Atletas com Deficiência) da FEAC (Fundação para o Esporte, Arte e Cultura – da Prefeitura de Franca).

Ele teve contato com as modalidades de arremesso de peso, lançamento de disco e dardo. “Desde esse primeiro contato com a Equipe ACD, minha alegria foi muito grande por saber que existia em Franca um espaço para atletas paralímpicos se desenvolverem – e desde então me empenhei ao máximo nos treinamentos, participando de diversas competições e sempre angariando medalhas”, explica Michael.

Michel de Souza Carneiro durante treino. Foto: Divulgação

Competindo pela FEAC na equipe ACD, categoria F46, Michael conquistou o 1º lugar no lançamento de dardo e 2º lugar no arremesso de peso em competições recentes. “Estou na Central de Doações do Hospital do Câncer de Franca desde 2018, e o que me motiva é poder contribuir através do meu trabalho, fazendo a diferença para melhorar as vidas de nossos pacientes. Para as pessoas com deficiência digo que nunca desistam dos seus sonhos, pois somos todos capazes de realizar o que quisermos – basta alimentarmos nossas vidas com foco e dedicação”, concluiu Michael.

Rodrigo Moreira Caprício, 38 anos, nasceu com deficiência, mas foi vítima de uma agressão com arma branca, tendo uma lesão medular que o deixou paraplégico, impossibilitando o movimento de suas pernas. Em 2008, iniciou no “Basquete Cadeirante”, dentro de um projeto da Unifran (Universidade de Franca) para pessoas com deficiência.

“Essa foi a primeira vez que tive contato com vários atletas com deficiência, vindo a conhecer mais sobre o esporte cadeirante, o que foi muito importante, por me sentir parte de uma rede onde eu tinha meu lugar de ação”, explica.

No final de 2008, Rodrigo foi convidado para compor a equipe paralímpica, participando de sua primeira competição nos Jogos Regionais em 2009 como atleta paralímpico representando a cidade de Franca – já sendo medalhista nas modalidades de lançamento de dardo e arremesso de peso.

Em 2010, continuou competindo nas modalidades de arremesso de peso, dardo e disco, mas ele diz que sempre almejou as corridas. Assim, a partir de 2013, a equipe conseguiu adquirir a cadeira de iniciação esportiva, sendo medalhista de ouro já na primeira competição como corredor cadeirante.

Rodrigo Moreira Caprício, atleta paralímpico de Franca. Foto: Divulgação

No final de 2014, Rodrigo e a equipe conseguiram a cadeira profissional, importada dos EUA, e a partir daí ele já se inicia como atleta nacional, membro da Equipe Francana de Atletismo Adaptado, participando do Meeting Paralímpico Circuito Caixa 2021 na cidade de Sertãozinho, e conquistando medalhas de Ouro nas provas de 100 metros e 400 metros.

Hoje, ele ocupa o 3º lugar no ranking nacional brasileiro na prova de 100 metros. “Toda pessoa, independente do grau da lesão e tipo de deficiência sempre pode encontrar uma maneira de ser ativa, seja no esporte, na profissão e dentro do seu papel familiar, pois hoje, graças à ciência, com o avanço de órteses, próteses e terapias, as deficiências deixam gradativamente de ser um tabu, para serem uma condição a ser superada, dando espaço para as pessoas com deficiência conquistarem seu espaço na sociedade; e procuramos deixar um exemplo para as pessoas que têm suas capacidades intactas e muitas vezes estão sedentárias – reavaliem seus hábitos e busquem praticar atividades que lhe proporcionem saúde e qualidade de vida.”

Central de doações

O Hospital do Câncer de Franca é uma unidade oncológica que pertence ao Grupo Santa Casa de Franca, atendendo à população da cidade e mais 21 municípios da região, estando disponível a um público estimado em 750 mil habitantes.

A participação da sociedade é muito importante para ajudar o hospital a manter seu funcionamento e a qualidade. Os dois atletas estão ajudando a promover a central de doações do Grupo Santa Casa de Franca.

As doações podem ser feitas pelos canais:

https://www.santacasadefranca.com.br/doacoes

Tel.: (16) 3712-3093 / Whatsapp: (16) 9 9998-8781

Chave Pix – CNPJ: 47.969.134/0003-40

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