A Polícia Civil em São Paulo tem agora uma unidade especializada para combater golpes aplicados pela internet e outros crimes cibernéticos. A delegacia foi inaugurada nesta sexta-feira (18). A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) começou a funcionar em 2 de dezembro no 16º Andar do Palácio da Polícia Civil, no bairro da Luz, no centro da Capital.
A reforma da unidade custou R$ 2,4 milhões e foi paga pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) como parte de um acordo de cooperação, sem ônus ao Estado. São 40 salas operacionais, duas salas técnicas, duas salas para arquivo, quatro banheiros, uma copa, uma sala de custódia, um saguão de recepção, um saguão de plantão e um depósito para materiais de limpeza. Apesar de estar na Capital, a delegacia vai atuar em todo o Estado.
“A criação da nova divisão integra o projeto de modernização da Polícia Civil de São Paulo. Além disso, estende para todo o território nacional as investigações dos cibercrimes, já que os delitos cometidos por meios eletrônicos utilizam a rede mundial de computadores, permitindo que os criminosos sediados em um estado façam vítimas em outras unidades federativas”, informou nota oficial.
“A melhor eficiência da polícia é quando ela evita o crime, quando chega antes do que o criminoso e uma divisão de crimes cibernéticos como essa processa exatamente isso. Desde uma simples loja de armarinho na periferia até uma rede de bancos, todos podem sofrer ataques cibernéticos de toda ordem e essa divisão vai permitir um estudo apurado para identificação, investigação e solução desses crimes”, disse o governador João Doria.
A nova unidade especializada conta com 66 policiais civis entre delegados, escrivães, investigadores, agentes policiais, papiloscopista, auxiliar de papiloscopista e agentes de telecomunicações. As atividades são apoiadas por 12 viaturas e outros 20 veículos já foram adquiridos e serão entregues no primeiro semestre do ano que vem.
Todos os agentes selecionados para atuar na nova Divisão possuem expertise em investigação e combate ao cibercrime, inclusive com agentes formados nos cursos de “especialização em investigação e coleta de informações” e “técnicas de investigação de crimes cometidos por meio eletrônico”.
A DCCIBER está subordinada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e conta com quatro delegacias especializadas: 1ª Delegacia de Polícia sobre Fraudes contra Instituições Financeiras praticadas por meios Eletrônicos; 2ª Delegacia de Polícia sobre Fraudes contra Instituições de Comércio Eletrônico praticada por meios Eletrônicos; 3ª Delegacia de Polícia sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados; 4ª Delegacia de Polícia de Lavagem e Ocultação de Ativos Ilícitos por Meios Eletrônicos; além de um Centro de Inteligência Cibernética (CIC) e um Laboratório Técnico de Análises Cibernéticas, (Lac-TAC).
Comandada pelo delegado-divisionário, Gaetano Vergine, a unidade especializada já registrou 93 boletins desde o início do seu funcionamento e atualmente possui 620 inquéritos policiais em andamento.
Em Franca, um grupo dentro da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) atua no combate aos crimes cibernéticos.
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