O prefeito de Franca Alexandre Ferreira (MDB) divulgou que determinou à Secretaria de Ação Social a realização de um censo para identificar o número de moradores de rua na cidade, bem como de pessoas que pedem dinheiro ou vendem produtos em semáforos. Apesar de divulgar a iniciativa, ele não mencionou em vídeo que divulgou nas redes sociais sobre um censo muito semelhante que teve início em Franca em outubro de 2020 a partir de metodologia desenvolvida por grupo da USP. Não foi especificado o custo que terá o poder público municipal para dar início ao censo.
Esse levantamento que começou a ser desenvolvido no município ano passado envolve Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Franca (COMAD), FATEC Franca, alunos da Unesp Franca, além de parceria com a própria Secretaria de Ação Social, Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), Abrigo Provisório, Casa de Passagem e Equipe do Consultório na Rua.
A metodologia desse levantamento de 2020 foi desenvolvida a partir de pesquisa feita em parceria da Prefeitura de São Carlos com o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), da USP de São Carlos. O estudo aplicado em São Carlos, que fica a 200 km de Franca, foi trazido para o município após contato do Núcleo de Cidadania Ativa, da Unesp de Franca. Esse núcleo trabalha na concretização dos direitos para a população em situação de rua.
Para trazer o censo e sua metodologia, integrantes do Núcleo da Unesp realizaram reuniões com pesquisadores de São Carlos e membros da ONG Projeto se Mudando, que atua com moradores de rua em São Carlos.
O censo iniciado em 2020 em Franca também vai medir qual é o nível de aproximação dos moradores com os serviços oferecidos pela Prefeitura.
Em 2018, houve outro levantamento com moradores de rua feito pela Secretaria de Ação Social, mas sem o apoio estatístico da USP São Carlos. Naquele censo houve a identificação de cerca de 600 pessoas. Na época, a estatística apurada mostrou que 90% das pessoas eram dependentes de álcool e drogas e 70% eram de moradores de Franca.
Conforme o prefeito, a Prefeitura vai ampliar o atendimento a essa população mais vulnerável, criando vagas para que haja espaço para as pessoas terem local para dormir durante a noite.
Criação de networking e capacitação
O governo municipal também confirmou que irá realizar um chamamento público para atrair empresas interessadas na contratação de pessoas que forem identificadas no censo que pretende fazer.
“Vamos oferecer a eles uma condição de vida melhor. Trazê-los para o Renda Franca, e lá eles recebem uma ajuda em dinheiro de forma mensal e também vão receber cursos de capacitação e qualificação e entram no nosso networking. Vamos buscar emprego para essas pessoas”, disse Alexandre Ferreira, em vídeo.
Veja vídeo:
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