A prescrição da azitromicina para combater a covid-19 é procedimento que passou a ser comum e praticado por diversos médicos em Franca e outras regiões do país.
Essa prática tem gerado preocupação entre especialistas, principalmente pelo fato de que o antibiótico não tem efeito prático comprovado para combater um vírus, que é como a covid-19 espalha-se. A azitromicina tem efeito prático contra bactérias, que são organismos muito diferentes de vírus.
As bactérias são organismos vivos, possuem uma única célula e podem, inclusive, serem benéficas para o corpo humano. Bactérias multiplicam-se sozinhas porque têm seu próprio metabolismo. Doenças causadas por bactérias são tuberculose, cólera, tétano e difteria.
Os vírus são partículas infecciosas e há pesquisadores que não os consideram seres vivos. Eles só conseguem multiplicar-se quando utilizam células de outros seres vivos, portanto, se o vírus não entrar no corpo humano ele corre risco de desaparecer.
A prescrição indiscriminada de medicamento sem comprovação de combate à doença gerou debate em evento internacional de pneumologia realizado neste mês de maio. Além de não combater efetivamente o vírus SARS-CoV-2, o uso de antibiótico pode causar problemas futuros e redução de seu poder de tratamento a doenças. Com isso, é preciso que novos medicamentos sejam pesquisados e desenvolvidos.
Esse medicamento é considerado como um dos mais importantes do século 20 por tratar a tuberculose, pneumonia, sinusite e doenças sexualmente transmissíveis. Quando utilizado de forma sem controle, isso ajuda para que a resistência bacteriana seja reduzida.
O médico pneumologista de Franca, Paulo Antônio Faleiros, explica no vídeo abaixo os riscos do uso de medicamentos de forma indiscriminada:
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