A decisão do júri popular sobre a morte do auditor Adriano William de Oliveira, que morreu com 52 anos, foi de condenar o dentista Samir Panice Moussa, 48, a 14 anos de prisão em regime fechado. O julgamento durou mais de 8 horas nesta quinta-feira (22). Há possibilidade de recurso, mas ele terá de permanecer recluso. Ainda houve a condenação para pagamento de 50 salários mínimos de indenização, algo em torno de R$ 70,6 mil.
Samir tinha confessado, na época da investigação, que ele tinha atirado para matar o auditor.
Durante o julgamento, a defesa do dentista, feita pelo advogado Márcio Cunha, sustentou que ele fora vítima e que havia se defendido. Samir alegou que agiu por ciúmes e que a ex-esposa dele teve um caso extraconjugal com o auditor fiscal. Houve o pedido de absolvição do réu e a desconsideração da qualificadora que a vítima não teve como se defender.
Tanto o Ministério Público, com o promotor Odilon Nery Comodaro, como o advogado assistente da acusação, Clóvis Alberto Filho, solicitaram ao júri para considerar a qualificadora na pena de impossibilidade de defesa da vítima.
O Tribunal do Júri foi conduzido pelo juiz José Rodrigues Arimatéa, que acompanhou o caso ao longo do trâmite processual também. Acompanharam o julgamento os dois filhos do auditor fiscal morto.
Samir, que estava preso desde maio deste ano, foi levado novamente para a Penitenciária de Franca para cumprimento da pena.