A assembleia estadual dos professores do Estado de São Paulo, realizada em 21 de março, na Praça da República, reafirmou a perspectiva da greve por tempo indeterminado e o calendário de lutas encaminhado pelo Conselho Estadual de Representantes da APEOESP, com base na avaliação da mobilização da categoria e da conjuntura. Escolas de Franca devem sofrer algum tipo de impacto.
Conforme calendário, essas serão as atividades, incluindo ações para a região de Franca, bem como em abril está prevista assembleia regional:
- De 24 a 31 de março – intensificar campanha contra escolas cívico-militares
- A partir de 24 de março – retomar e intensificar visitas às escolas
- Realizar articulações, estadual e regionais, com os estudantes, organizar atividades comuns, bem como com movimentos sociais
- Realizar atividades de rua, como aulas públicas, carreatas, panfletagens e outras
- Organizar abaixo-assinado da comunidade escolar e população em apoio à nossa luta e à Educação pública
- Prosseguir campanha de mídia
- Realizar um dia estadual de “faixaço” nas rodovias
- 30 de março – participar da manifestação contra anistia aos golpistas e em defesa da Democracia – 13 horas – Praça Osvaldo Cruz
- De 8 a 11 de abril – realizar assembleias regionais
- De 22 a 24 de abril – intensificar o diálogo com a comunidade
- 25 de abril – Dia de Greve e Assembleia Estadual
- 27 de abril – realizar Tributo à Educação com artista convidado
- 24 a 28 de abril – Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública da CNTE
- Participar do plebiscito popular pela isenção do IR até R$ 5 mil e taxação dos milionários, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, pelo fim da escala 6X1
“É necessário que todas as subsedes se organizem para continuar a dialogar com os professores nas escolas e ampliem esse diálogo para os estudantes, que são também protagonistas na luta por Educação pública de qualidade. Vamos nos articular com nossos estudantes para, junto com eles, organizarmos atividades para amplificar essa luta, na qual se incluem nossas reivindicações”, divulgou a Apeoesp.
O sindicato divulgou que vai apresentar nas escolas os estudos da subseção DIEESE/CEPES sobre os salários e como eles estão defasados, seja em relação ao piso salarial nacional, ao salário mínimo, à cesta básica, meta 17 do PNE/PEE ou qualquer outro referencial.
“Reivindicamos reajuste imediato do piso nacional (6,27%) no salário base. Ao mesmo tempo, reivindicamos um plano de recuperação do poder de compra dos nossos salários. Além do arrocho salarial, o autoritarismo, o assédio moral, as péssimas condições de trabalho estão adoecendo professoras e professores. O recente falecimento da professora Analu Cerozzi, de Diadema, que sofreu um infarto quando protestava contra o assédio e as cobranças excessivas em plena atividade pedagógica na escola é uma trágica e eloquente denúncia desta realidade. Prosseguimos na luta pela saúde dos professores, pela expansão e melhoria do atendimento do IAMSPE e por uma CIPA em cada escola, com condições de participação dos professores”, apontou a instituição.