O valor de financiamento que será disponibilizado para produtores rurais buscarem nesta safra 2020/2021 totaliza R$ 236,3 bilhões. Desse valor, ficou definido que R$ 179,38 bilhões estão destinados para custeio, comercialização e industrialização e R$ 56,92 bilhões para investimentos. As contratações podem ser feitas no período de 1.º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.
Pequenos e médios produtores terão R$ 33 bilhões para financiamento pelo Pronaf, com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercialização. Para os médios produtores serão destinados R$ 33,1 bilhões, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com taxas de juros de 5% ao ano (custeio e comercialização).
Na Região Administrativa de Franca, os produtos agrícolas produzidos são: cana-de-açúcar, café, soja, milho, laranja, batata, abacate, sorgo, amendoim de casca, feijão, banana, tangerina, manga, tomate, alface, uva, mandioca, maracujá, abobrinha, repolho e abóbora.
Esses dados foram divulgados no Plano Safra 2020/2021, durante evento on-line realizado na quarta-feira (29) e que teve a participação do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira. Também estavam no evento o corpo técnico da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), representantes da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Fernando Schwanke.
O público presente no evento virtual envolveu cerca de 140 pessoas interligadas e serviu de espaço para esclarecimentos de dúvidas quanto às linhas de financiamento, valores e taxas de juros disponibilizadas para o biênio 2020/2021.
“Cada vez mais, o agro mostra sua relevância. Neste momento de incertezas, o segmento continua sendo o responsável pela oferta de alimentos em quantidade e qualidade, o que demonstra que precisa ser fortalecido continuamente; e o Plano Safra é um instrumento direcionador para políticas públicas, com liberação de recursos que contribuirão para garantir a manutenção dos produtores na atividade rural”, disse a superintendente do Ministério em São Paulo, Andrea Moura.
A relevância do Estado para o agro brasileiro e das parcerias com a Secretaria Estadual de Agricultura também ganharam contorno na fala do secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Fernando Schwanke. “São Paulo é referência no agronegócio brasileiro, tanto por sua pujança como estado produtor, como mercado consumidor e exportador”, ressaltou Schwanke.
O secretário Gustavo Junqueira ainda fez uma explanação sobre políticas implementadas no Estado. “Em São Paulo, onde o agro representa 20% do PIB, com um universo de 340 mil Unidades de Produção Agropecuária, das quais 80% estão classificadas como pequenas, ou seja, com menos de quatro módulos fiscais, e dentre essas, 110 mil são qualificadas como agricultura familiar, buscamos estabelecer políticas direcionadas e balizadas em alguns pilares: sistema de integração, no qual se compreende que os produtores, principalmente os pequenos devem estar inseridos na cadeia produtiva e não isolado; produção planejada em consonância com o mercado e elevado padrão de classificação de produtos; crédito e seguro rural acessíveis e embasados em planos plurianuais e não em eventos; governança, princípio que define a gestão como prática essencial na condução do negócio rural; e conectividade, para que os produtores estejam integrados no mundo digital e às oportunidades que as novas tecnologias trazem para a atividade rural e a melhor qualidade de vida no campo”, explicou.
Um novo webinar está marcado para agosto e vai ser realizado com os agentes financeiros. O foco dessa nova reunião é reforçar a necessidade que os recursos possam chegar às cooperativas de crédito dos municípios.
“Estamos em um momento no qual os produtores precisam cada vez mais acessar políticas públicas que incentivem a produção e comercialização, para se manter na atividade de forma profissional em um mercado cada vez mais exigente”, destacou José Luiz Fontes, coordenador da CDRS.
*Matéria governo de São Paulo, com F3 Notícias
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