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Agricultura apoia estudo para melhorar rentabilidade do cafeicultor

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Melhorar a rentabilidade do cafeicultor, agregando produtividade e qualidade de bebida, é o objetivo de pesquisa liderada pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, em Garça, no interior de São Paulo.

Não houve divulgação se esse mesmo trabalho deve ser desenvolvido na região de Franca, que também tem produção de café. Para Franca, em 2019, a exportação de café representou um peso grande para equilibrar a balança comercial do município. Ano passado, o total exportado do produto agrícola chegou a US$ 123,54 milhões, contra os R$ 100,17 milhões de 2018.

Os trabalhos dos pesquisadores buscam selecionar cultivares de café adaptadas as características de solo e clima da região do Centro Oeste do estado, que cultiva mais de 12 mil hectares de café e produz entre 600 mil a um milhão de sacas por safra.

Os estudos de seleção das cultivares de café mais adaptadas na região se iniciaram em 2013, em uma área de 1,8 hectare, financiada pelo Grupo Perez, instalada na Fazenda Recreio, na cidade de Vera Cruz.

“O café é uma bebida apreciada no mundo todo, com elevada demanda. Apesar de existirem inúmeras cultivares plantadas comercialmente, é fundamental o estudo do comportamento desses genótipos para aumentar a lista de recomendação aos cafeicultores regionais”, explica Adriana Novais Martins, pesquisadora da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Marília da APTA.

Tratamentos

O projeto estuda 20 cultivares de café e o experimento é instalado com 23 tratamentos distintos para as plantas. A pesquisa avalia cultivares desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA), instituição responsável pelo desenvolvimento de cultivares de café que estão em 90% das lavouras brasileiras, além de materiais desenvolvidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

A partir dessas avaliações os pesquisadores esperam realizar análises fenológica, agronômica, produtiva e econômica das cultivares de café arábica, em cultivo irrigado. De acordo com a pesquisadora da APTA, as cultivares também são avaliadas com relação à qualidade de grãos, bebida e análise de raiz.

“Em posse dos resultados agronômicos, será realizada análise econômica e de rentabilidade comparando os materiais genéticos e determinando a viabilidade econômica para os sistemas produtivos regionais”, acrescenta Adriana.

Região de Garça

A região de Garça fica localizada no Centro-Oeste paulista, onde predominam a cafeicultura, produção de pastagens, mandioca e amendoim. Ao todo, 430 famílias trabalham diretamente na produção de café na região, sendo que alguns produtores investem na produção de cafés do tipo especial.

“A região possui pequenas e médias propriedades. Um dos pontos relevantes é que a localidade possui selo de Identidade Geográfica para a cultura do café, o que agrega valor à produção. Cerca de 80% da safra de café tem destino certo: países da Europa”, afirma Patrícia Helena Nogueira Turco, pesquisadora da APTA Regional.

A expectativa é de que os estudos sejam finalizados em 2024, mas os primeiros resultados devem ser publicados em revistas científicas em 2021. Além da participação de pesquisadores da APTA Regional, que lideram o projeto, os estudos contam com a colaboração dos pesquisadores do IAC Roberto Botelho Ferraz Branco e Oliveiro Guerreiro Filho, da bolsista do IAC Massako Toma Bhaghini e do pesquisador do Instituto Biológico (IB-APTA) Claudio Marcelo Oliveira.

*Matéria governo de São Paulo, com F3 Notícias

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