Dados do governo federal sobre repasse de recursos públicos federais para manutenção de diversos setores da saúde em Franca apontam que a atual administração, de Alexandre Ferreira (MDB), já recebeu mais dinheiro do que foi repassado para o governo de Gilson de Souza (DEM) no ano de 2020. Levantamento no Portal da Transparência aponta que em 2020, entre janeiro e novembro, o dinheiro repassado totalizou R$ 50.369.103,86. No mesmo período, neste ano, sendo que o mês de novembro ainda não terminou, o atual governo recebeu R$ 50.989.844,36, uma diferença existente de mais de R$ 620 mil.
Apesar do aumento em recursos repassados, o setor de saúde em Franca apresenta uma série de deficiências graves. Os problemas estão na falta de medicamentos para combater a dor em UPA, falta de médico para atendimento, longas filas nos prontos-socorros adulto e infantil.
Essa crise na saúde deu seus primeiros sinais na atual administração municipal durante a vacinação contra a covid-19, no primeiro semestre. Sem protocolos muito bem definidos, houve indicativo que pessoas acabaram tomando dose do imunizante antes do período determinado da faixa etária. Uma comissão para apurar o caso foi instalada na Câmara de Vereadores e em depoimentos os problemas foram relatados por servidores. A própria Prefeitura confirmou que constatou “inconsistências” no cadastro e iria apurar o caso. Não houve divulgação ainda do resultado final dessa avaliação.
Em 2021:
Depois da situação da vacinação, houve também atropelos por conta das longas filas e a falta de orientação para as pessoas de que as doses acabavam em certos pontos de vacinação, mas não era avisado para quem aguardava a dose.
Com a vacinação caminhando e o fim de uma série de restrições, os problemas passaram a ocorrer nos atendimentos de UPAs. Na UPA Anita, em agosto, pelo menos, faltou medicação utilizada para combater a dor de quem procurava socorro. O Ministério Público Federal chegou a apurar o caso e a Secretaria Municipal de Saúde informou que encontrava dificuldade para realizar a compra de medicamentos. O MPF, porém, identificou que alguns desses remédios podiam ser encontrados com pesquisa na internet. Como não houve constatação que problemas com relação à União ou falta de repasse, o MPF encaminhou o caso para o Ministério Público Estadual averiguar responsabilidades.
Ainda neste mês, outra denúncia chegou ao Ministério Público Estadual relatando sobre demora no atendimento do Pronto-socorro Infantil. Houve protocolo no dia 24 de novembro haverá ainda avaliação do MPE se inquérito será instaurado.
Consulta de repasses para a saúde 2020, veja detalhes aqui.
Consulta de repasses para a saúde 2021, veja detalhes aqui.
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