O médico da Vigilância Epidemiológica de Franca Homero Rosa Júnior reconheceu que o aumento de casos de novo coronavírus em Franca deve-se, em partes, ao relaxamento do isolamento social na cidade. Estudos da Unesp e previsões de autoridades de saúde em Franca apontaram que a primeira semana de abril seria um período de incub
“Dentro das expectativas epidemiológicas, era esperado esse aumento porque boa parte da população de Franca relaxou neste período o isolamento social. Chegamos a uma fase na cidade que prevíamos lá atrás, que é a dispersão maior do vírus neste momento, em decorrência de algum fator facilitador para a transmissão ocorrido entre uma semana e 15 dias, que é o período que a gente chama de incubação do vírus”, ressaltou Homero Rosa Júnior.
A cidade registrou, somente nesta segunda-feira, sete novos casos. Sendo que seis deles são de profissionais da saúde, que acabam ficando na linha de frente no combate à doença. No total, Franca está com 20 casos, até domingo esse número era de 13. As investigações de suspeitas também cresceram, passando de 20 para 34. Entre os pacientes que aguardam resultado de exames, parte deles são familiares e pessoas que tiveram contato com profissionais de saúde agora infectados pelo novo coronavírus.
“Graças ao isolamento feito em São Paulo, as cidades do interior estão três semanas atrás no número de casos. Então não é hora de relaxar a quarentena. Estamos vivendo a maior calamidade pública desde a gripe espanhola”, apontou o professor Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, da Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu e integrante do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo.
Dos seis novos casos de pessoas que atuam no setor de saúde, uma pessoa está internada no Complexo Santa. Os profissionais infectados trabalham na assistência de saúde e nos serviços de urgência. A sétima paciente que teve resultado positivo para novo coronavírus é idosa e está em estado grave no Complexo Santa Casa. Há também pessoas que cumprem quarentena domiciliar.
“Neste momento de desespero, que o mundo está passando, combatendo um inimigo invisível, denominado COVID-19, são esses profissionais da saúde que são os verdadeiros heróis combatentes que estão na linha de frente para a erradicação deste vírus”, apontou a gerente assistencial da Santa Casa de Franca, Ana Carolina Botto.
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*Matéria atualizada às 11h15 para correção de legenda.
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