O escritor e compositor Aldir Blanc não resistiu a complicações causadas pela Covid-19 e morreu no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, aos 73 anos. Ele fez parcerias com João Bosco e escreveu canções que marcaram época, como “O bêbado e o equilibrista”, lançada em 1979 e que se tornou hino contra a ditadura miliar.
Blanc ficou mais de duas semanas na UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe). Sua internação aconteceu em 10 de abril, com quadro de pneumonia, pressão alta e infecção urinária. Depois de uma semana de tratamento foi confirmado que ele estava com o novo coronavírus.
Nos anos 1960, Aldir dividia seu tempo entre a música e a medicina, curso em que se formaria com especialidade em psiquiatria. Foi nesta década que ele participou de diversos festivais da canção, compondo músicas interpretadas por Clara Nunes, Taiguara e Maria Creuza.
No início dos anos 1970, abandonou a medicina para se dedicar exclusivamente às artes. E foi nesta década que ele compôs o seu maior sucesso. Com a parceria de João Bosco e na voz de Elis Regina, o mundo conheceu O bêbado e o equilibrista.
Em 1978, publicou as crônicas Rua dos Artistas e arredores. Em 1981, Porta de tinturaria (1981). As duas obras foram reunidas, posteriormente, em 2006 na edição Rua dos Artistas e transversais, que ainda trouxe 14 crônicas escritas para a revista Bundas e para o Jornal do Brasil.
Relembre músicas escritas por Aldir Blanc
*F3 Notícias, com informações da Agência Brasil