O furto de fios elétricos, torneiras, fechaduras, tomadas, disjuntores, hidrômetros, relógios de energia elétrica, placas solares, e todo tipo de peças metálicas de cobre, alumínio, bronze e ferro tornou-se um crime cada vez mais comum na cidade de Franca e tem causado grandes prejuízos às imobiliárias e locadores de imóveis. Estima-se, que apenas nos últimos meses deste ano, mais de 200 residências tenham sido invadidas e vandalizadas, e o pior: os furtos que antes se resumiam a imóveis desocupados, agora, também acontecem em imóveis ocupados.
O problema agravou-se tanto que passou a ser assunto constante entre os associados da ABIFRAN, Associação das Administradoras de Bens Imóveis de Franca, entidade que agrupa as principais imobiliárias de Franca. Segundo o presidente da associação, Alexandre Augusto Franco e Silva, várias imobiliárias da cidade e seus clientes estão tendo prejuízos enormes com tal vandalismo.
“A ABIFRAN está com uma preocupação muito grande em relação a esses furtos, principalmente pelos prejuízos para recuperar esses imóveis na situação anterior. Diariamente, nós somos surpreendidos com vários imóveis sendo furtados em nossa cidade, por marginais que levam tudo o que encontram, desde disjuntores, vasos sanitários, até fios de cobre, deixando os imóveis com apenas sua parte estrutural”, disse Alexandre.
O proprietário da Imobiliária Diniz & Martins, Silvio de Paula Martins, também se manifestou. Segundo o empresário, este problema já ocorre na cidade há mais de 5 anos, porém tem aumentado em 2022, principalmente, em decorrência do aumento dos moradores de rua e usuários de drogas.
“Infelizmente não estamos podendo mais colocar placas de aluguel ou venda nos imóveis, pois no dia seguinte, quando os marginais veem que o imóvel está desocupado, eles já o invadem. Acredito que mais de 200 imóveis foram vandalizados somente neste ano”, afirmou Silvio.
Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo que as imobiliárias estão tendo, somente a Imobiliária J.Edison, neste ano, teve mais de 30 imóveis invadidos, e mais de R$ 20 mil em prejuízos, é o que afirma o proprietário do negócio, Junior Lopes: “não sabemos mais o que fazer, é um prejuízo duplo, primeiro para o locador, que depende da renda do imóvel, e também para imobiliária, que administra este imóvel”.
Mediante essa gravíssima situação, a ABIFRAN, na última semana, enviou diversos ofícios para as principais autoridades da cidade, em especial, para a Delegacia Seccional de Polícia, alertando para o problema e pedindo soluções urgentes. “Esperamos que o poder público, através de um policiamento mais forte, e entre outras medidas, possa agir rápido, pois, realmente, os prejuízos estão grandes”, afirmaram Marina Carilo e João Silvestre, Secretária de Comunicação e ex-presidente da ABIFRAN, respectivamente.