Os vereadores de Cristais Paulista decidiram aguardar averiguação do Ministério Público Federal e não instauraram comissão processante para investigar o prefeito da cidade, Elson Gomes. Na sessão desta terça-feira (11), denúncia foi apresentada na Casa de Leis sugerindo que a Prefeitura de Cristais Paulista fez movimentações irregulares nas contas do Fundeb no valor superior a R$ 3,6 milhões, em 36 transferências.
Quem protocolou a denúncia foi a ex-secretária municipal de Educação, Tamara Raiz. Na sessão da Câmara do dia 25 de fevereiro ela esteve na tribuna com seu advogado, Denilson Carvalho, para relatar o caso. Além do prefeito, a conduta da própria ex-secretária também vai ser averiguada pelo Ministério Público Federal. Por conduzir a pasta, ela pode ter responsabilidade no caso. Quando Tamara esteve na tribuna em fevereiro, o advogado dela apontou que ela sofria pressão para conduzir as “pedaladas” no Fundeb.
Houve a leitura da denúncia no começo da sessão e colocada para votação do plenário. Todos os vereadores votaram contra o recebimento da denúncia. O discurso que eles também usaram no voto, que foi nominal, foi de que a Câmara talvez não teria todos os recursos necessários para conduzir a investigação sobre o caso. Além disso, apontaram que o Ministério Público Federal já está averiguando possíveis irregularidades na movimentação da conta do Fundeb da cidade, por isso deveriam aguardar as orientações do órgão fiscalizador.
Houve justificativa também que caso a denúncia seja procedente, na verificação do MPF, haverá nova medida dentro da Câmara para avaliar a possível cassação de Elson Gomes, que entrou no governo municipal depois que houve a cassação da então prefeita Katiúscia Leonardo. Elson era o vice-prefeito dela.
O prefeito de Cristais Paulista, Elson Gomes, já havia feito sua defesa em redes sociais. Ele negou as irregularidades, disse que tem todos os documentos que comprovam as regularidades na movimentação das contas e chegou a dizer que qualquer pessoa poderia procurar a Prefeitura para ter acesso às provas.
No plenário, havia várias pessoas e com a votação que rejeitou a instauração da comissão processante, muitos dos presentes bateram palmas e comemoraram a decisão dos vereadores.
Veja como foi feita a votação:
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