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Casal chefiava mega quadrilha de falsificação e tinha casa no Residêncial Amazonas

O monitoramento da Polícia Rodoviária Federal com relação a apreensões de agrotóxicos falsificados em rodovias do Brasil e o cruzamento de dados com a investigação do Gaeco de Franca apontaram que a cidade sediava um polo para esse tipo de crime. Os investigados apontados como líderes da quadrilha envolvem uma mulher e um homem, que são casados. Para cumprimento de mandado de prisão temporária contra eles, policiais rodoviários federais, promotores de Justiça e servidores do MP e do Ibama estiveram no bairro Residencial Amazonas.

Por conta da estrutura que os criminosos demonstraram ter, a operação Piratas do Agro contou com uma central de monitoramento móvel e um helicóptero da PRF. A aeronave, inclusive, foi utilizada para perseguir um dos investigados. O homem tentou fugir com um veículo de luxo pela rodovia João Traficante, mas acabou parado antes de sumir.

Laboratórios para produzir o agrotóxico falsificado foram fechados e os agentes de segurança pública ainda encontraram armas ilegais.

Em coletiva de imprensa, o promotor de Justiça Adriano Mélega apontou que desde 2016 os criminosos já atuavam e os danos causados a lavouras pelo Brasil é imensurável. A população, indiretamente, também foi prejudicada, além do meio ambiente. O grupo criminoso conseguia atuar em todos os estados brasileiros.

Por conta dessa ramificação e amplitude, o Ministério Público identificou que Franca é um dos polos no Brasil para a falsificação de agrotóxicos. Além dos produtos ilegais, os bandidos também falsificavam documentos públicos e cometeram lavagem de dinheiro.

Com relação às apreensões que a PRF já fez, houve casos em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, principalmente. Essas informações foram relatadas pelo inspertor da PRF, Fernando Miranda.

Foram cumpridos 8 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão. Para atender essa ampla demanda, 150 PRFs estão na operação, além de dezenas de promotores, servidores do MP e agentes do Ibama. São 50 viaturas, 2 ônibus com tecnologia de centro de controle, 1 aeronave e 1 veículo blindado envolvidos nesse trabalho.

As investigações começaram em 2020 e foram feitas várias apreensões, que consolidaram a identificação do tamanho da organização criminosa e seu poder econômico. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Franca. O Gaeco ainda conseguiu autorização judicial para bloqueio e sequestro de bens, entre veículos, ativos financeiros e imóveis.

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