A gasolina vai voltar a pesar no bolso dos brasileiros. Isso porque, a Petrobras anunciou nesta quarta (25) o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro. Isso representa um aumento de R$ 0,23 por litro. O valor é 7,47% maior do que o atual.
A última vez que o preço da gasolina tinha sido reajustado foi em 6 de dezembro, quando sofreu uma redução de 6,1%. O valor final dos preços dos combustíveis nas bombas, em geral, depende dos valores cobrados nas refinarias, de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.
Desse modo, os postos têm liberdade para estabelecer os preços cobrados. Diante disso, a educadora financeira Aline Soaper alerta que pesquisa de preços é a alternativa na hora de economizar para abastecer.
“O aumento já era esperado desde o ano passado, diante das altas do petróleo, intensificadas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia e a instabilidade do cenário externo em relação à produção e exportação da commodity. Em uma situação, por exemplo, de queda do preço cobrado pela Petrobrás, a diferença pode demorar ou nem chegar às bombas, consequentemente, o impacto no bolso dos consumidores vai permanecer. Foi o que ocorreu no ano passado, com a redução no preço do gás de cozinha, onde houve pouca variação de preços. O ideal é buscar estratégias para economizar e até reduzir o uso do carro e moto. Ainda mais agora no início do ano, onde outras despesas sazonais, como IPVA e impostos, pesam no bolso”, explica Soaper.
A educadora financeira ainda indica que o consumidor fique atento para os preços cobrados nos postos de gasolina. Os postos têm liberdade para colocar seus próprios preços e, pode acontecer, de um ou outro cobrar valores abusivos e o consumidor acabar pagando mais caro.
Para a especialista, o importante, na hora de abastecer, é que o consumidor pesquise o preço e faça essa consulta em mais de um posto de gasolina para saber onde fica mais em conta abastecer. “Lembre-se de calibrar os pneus e fazer revisão no veículo, isso evita imprevistos e economiza combustível inclusive. É importante estar atento aos postos que batizam a gasolina, porque aí o barato pode sair caro, inclusive no que diz respeito a manutenção dos veículos”, ressalta Soaper.
A especialista recomenda também, se possível, uma análise sobre a necessidade do uso do carro e a forma de fazer as viagens, ou seja, segundo Aline é possível planejar utilizar o veículo próprio somente algumas vezes na semana. Outra dica é usar os pontos acumulados nos programas de benefícios de cartão de crédito para pagar a gasolina, nos postos conveniados. Além disso, algumas redes de postos têm benefícios de acúmulo de pontos — um clube de fidelidade — que oferece descontos nos postos selecionados. Até algumas companhias áreas tem parceria com a rede de postos, que permite ganhar milhas para cada litro abastecido.
“Também é importante abastecer, de preferência, nos postos que estão na sua rota diária, especialmente nas proximidades da casa ou do trabalho. O custo de um veículo pesa no bolso dos consumidores e os aumentos de combustível pesam ainda mais nesse custo. Para se ter uma ideia, o custo de manutenção de um veículo já quitado é, em média, de 2% do valor de compra do mesmo, ou seja, vale a pena traçar estratégias e economizar”, finaliza Aline Soaper.