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Como vereadores devem votar o auxílio emergencial para a empresa São José

Foto: Divulgação/Câmara de Franca

A Câmara de Franca analisa nesta terça-feira (22), a partir das 14h, proposta da Prefeitura de Franca para conceder auxílio emergencial para a concessionária de transporte público municipal, São José, no valor de R$ 1,35 milhão.

O projeto de lei n° 77/2021, proposto pelo Executivo, está envolvido em várias polêmicas porque desde o ano passado houve tentativas de se aprovar esse auxílio, mas nada foi avançado na Casa de Leis. O prefeito Alexandre Ferreira (MDB) justificou neste ano que o projeto informando que o governo municipal irá comprar passes e distribuir para pessoas que estão em situação de vulnerabilidade.

O cenário aponta que o projeto não será aprovado. Veja como os vereadores posicionaram-se em questionamento feito pelo F3 Notícias:

Zezinho Cabeleireiro (PP) – declarou voto contrário.

Donizete da Farmácia (MDB) – Voto contrário. “A questão financeira da empresa São José pode até existir, mas não atingiu só ela. Atingiu quem é dono de bar, as bancas de pesponto, os transportadores de alunos, pequenas lojas, as indústrias. Esse dinheiro, na minha opinião, deve ser usado na saúde. O pós covid vai exigir suporte, dinheiro, para recuperar os pacientes. O restaurante, por um ano e três meses fechado, não conseguiu trabalhar também. A gente não tem estrutura para ajudar todos e por que vamos ajudar só a empresa São José? Acho que é mais válido criar um abono e ajudar quem atua na linha de frente.”

Gilson Pelizaro (PT) – Voto contrário. “Vou fundamentar o meu voto contrário com base no contrato. Não é justo retirar o recurso do enfrentamento à covid e repassar para a empresa de ônibus em forma de subsídio disfarçado”

Daniel Bassi (PSDB) – Voto contrário. “O meu voto será contrário ao projeto. Vejo que neste momento os recursos destinados ao enfrentamento da covid e seus efeitos têm que ser canalizados no atendimento direto, como abertura de leitos, compra de equipamentos, insumos, pagamentos de equipe ou compra de vacinas (se houver oferta)”.

Kaká (PSDB) – Voto contrário. “Eu tenho que ser coerente. Votei contra a renovação do contrato da São José, mas fui voto vencido naquela ocasião. Por isso, mantenho a mesma postura. Voto não”.

Della Motta (Podemos) – Voto contrário. “Gestão passada votei contrário, faltou transparência, havia a necessidade de nova licitação. Empresa não cumpre o estabelecido no contrato.”

Carlinho Petrópolis (PL) -Voto contrário. “Neste momento as prioridades são outras e votarei contra. Sabemos que em algum momento teremos que discutir este tema, que sempre não repercute bem na sociedade, mas vamos ter que debater muito bem este assunto. Porém, pelo momento que estamos passando, as prioridades hoje são para o setor da saúde.”

Pastor Palamoni (PSD) – Voto contrário.

Lurdinha Granzotti (PSL) – Voto contrário. “Ao meu ponto de vista, o projeto ainda se encontra um pouco vago. É um momento muito delicado. Precisamos analisar de onde vem essa verba com mais clareza. Se esse dinheiro realmente pode ser utilizado para essa finalidade. Essa situação é muito atípica, em que se precisa de mais transparência até mesmo em respeito a nossa linha de frente como um todo”.

Ilton Ferreira (PL) – Voto contrário. “Como sempre, sou contrário a tudo que se refere a empresa São José. Como líder (do governo), tenho buscado justificativas das ações sociais para justificar o projeto que é auxílio a famílias carentes com transporte público. Porém, não encontrei nada que me faça mudar meu voto”.

Marcelo Tidy (DEM) – Voto contrário. “Referente à greve dos motoristas, quero deixar minha solidariedade a todos que não tiveram seus salários honrados. O trabalhador trabalhou, tem que receber. A responsabilidade é da empresa pagar seus colaboradores. Eles têm o representante, e que eles busquem a Justiça do Trabalho. Referente ao projeto para autorizar a compra de passes, meu posicionamento é contrário. O momento não é oportuno, é preciso fazer uma audiência pública. Ir aos bairros, ouvir a população. Inúmeros setores estão prejudicados, como o pessoal que trabalha com eventos, quem trabalha no comércio, na indústria, nos bares, nos restaurantes. As pessoas estão com sérios problemas com (falta de pagamento) de energia, água”.

Claudinei da Rocha (MDB) – Ele é o presidente e não tem voto. “No meu entendimento, não é o momento para colocar esse projeto em votação. Todos os prefeitos, sempre, compram passes para passar para pessoas carentes e o prefeito agora quis aumentar. O princípio não é subsidiar a empresa, mas ajudar as pessoas. É um projeto que não terá aprovação da Câmara, a meu ver. Ele tem o objetivo de ajudar as pessoas que mais precisam, só que por outro lado, entendo que não é o momento. Eu coloquei-o em votação por ter vencido o prazo regimental. Vamos discutir e votar e tudo indica, pela pressão que está sendo feita nas redes sociais, que ele não será aprovado”.

Os vereadores Lindsay Cardoso (Cidadania), Luiz Amaral (Republicanos) e Ronaldo Carvalho (Cidadania) não responderam à mensagem do F3 Notícias até a publicação desta matéria.

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