O governo de São Paulo confirmou que nesta segunda-feira (18) entra em operação o plano logístico de distribuição de doses, seringas e agulhas, com envio das grades para imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência do estado: HCs da Capital e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).
Para Franca e outros 21 municípios do DRS VIII, a vacina tem previsão para ser aplicada na última semana de janeiro.
As unidades específicas mencionadas acima foram selecionadas para a fase inicial porque são hospitais-escola regionais, com maior fluxo de pacientes em suas áreas de atuação. Todos devem iniciar nesta semana a vacinação de suas equipes, que totalizam 60 mil trabalhadores.
Na sequência serão enviados materiais para as regionais de saúde, como é o caso de Franca, a qual pertence à DRS VIII com outros 21 municípios. Só então grades de vacinas e insumos passarão a ser enviados para as Prefeituras, que terão de imunizar profissionais de saúde que atuam no combate à covid-19.
“Começamos a vacinar a população e isto é um grande passo na tarefa de salvar vidas, que é a prioridade máxima do Governo de São Paulo”, afirmou o secretário da Saúde Jean Gorinchteyn. “Recomendamos que municípios priorizem a aplicação das primeiras doses em profissionais da saúde que atuam em serviços dedicados ao combate à COVID-19 e são fundamentais para o atendimento à população”, completou.
Extraoficialmente o que se tem é que em Franca a vacinação deve começar no dia 25 de janeiro. Nesta segunda haverá detalhamento para a Prefeitura.
A Coronavac, que foi aprovada para uso emergencial pela Anvisa neste domingo, precisa ser aplicada em duas doses para garantir a imunização.
A primeira brasileira vacinada contra o novo coronavírus é Mônica Calazans, 54, enfermeira da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que fica em São Paulo. Em maio, quando a primeira onda da pandemia entrava na fase de pico em São Paulo, Mônica decidiu se inscrever para vagas de enfermagem com contrato por tempo determinado. Entre vários hospitais, escolheu trabalhar no Instituto de Infectologia Emílio Ribas mesmo sabendo que estaria no epicentro do combate ao coronavírus. “A vocação falou mais alto”, afirmou.
Ela mora em Itaquera, na zona leste da capital, e trabalha em turnos de 12 horas, em dias alternados, na UTI do Emílio Ribas, hospital de referência para casos graves de covid-19. O setor tem 60 leitos exclusivos para o atendimento a pacientes com coronavírus, com taxa de ocupação média de 90%.
A campanha de imunização contra a covid-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a covid-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.