O governo chinês está retomando medidas de quarentena no norte do país, após focos da Covid-19 serem encontrados nas cidades de Shulan e Jilin City, na província de Jilin, e Shenyang, na região de Liaoning.
O distrito de Jilin registrou 130 casos da doença e duas mortes, mas especialistas alertam para o risco de “uma grande explosão” nos números. Em Shulan, cidade com 600 mil habitantes, táxis e ônibus deixaram de circular e condomínios inteiros foram fechados. Funcionários do governo vão de porta em porta buscar doentes, em uma “operação de guerra”.
“Os controles do governo agora são muito estritos”, disse Li Ping, moradora de Shulan. “Desde que obedeçamos e fiquemos em casa, tudo vai ficar bem”, afirma.
Segundo o The New York Times, dezenas de milhares de pessoas estão sendo testadas para o novo coronavírus, e milhares estão sendo levadas a hospitais e colocadas em quarentena. O governo central chinês demitiu cinco oficiais da região, e enviou líderes nacionais às províncias para conduzir inspeções.
Em algumas áreas de Jillin City, residentes só podem sair de casa uma vez a cada dois dias, e por no máximo duas horas, para comprar comida. As medidas de quarentena afetam mais de 200 mil pessoas na cidade.
Médicos locais especulam que os novos casos sejam resultado de viajantes vindos da Rússia, dada a similaridade genética do vírus com o encontrado naquele país. Mudanças no comportamento da doença, como um tempo maior de incubação e danos a órgãos internos diferentes do visto durante os casos iniciais em Wuhan, sugerem a possibilidade de mutação do vírus.
Veja onde ficam as cidades de Jilin City e Shulan e distância para Wuhan, epicentro inicial do novo coronavírus
*Matéria Olhar Digital
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