Em maio, ante abril, a Pesquisa Indicadores Industriais mostrou elevação de cinco das seis variáveis analisadas. O faturamento da indústria geral (indústria de transformação + indústria extrativa) aumentou 4,2%, em razão do desempenho positivo nos dois segmentos da indústria, e as horas trabalhadas na produção cresceram 1,3%. O emprego registrou a maior expansão para o mês em 18 anos, contribuindo para o aumento da massa salarial. O rendimento médio real também avançou. Apenas a utilização da capacidade instalada recuou no mês, em virtude das retrações nos dois segmentos da indústria.
No acumulado do ano até maio, as variáveis de atividade – faturamento, horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada – e o emprego registraram expansão. Os estímulos econômicos implementados pelo governo, como a redução do IPI, a liberação de recursos do FGTS e a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e comunicações, poderão impactar positivamente a demanda por bens industriais, especialmente no curto prazo.
Contudo, o setor industrial deverá seguir convivendo com um cenário adverso, com inflação alta e taxa básica de juros elevada.
Adicionalmente, as dificuldades na cadeia global de abastecimento – exacerbadas pelas quarentenas em cidades da China e pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia – devem seguir pressionando os custos de produção do setor.
O emprego da indústria geral avançou 2% em maio, ante abril, em razão do aumento de 2,2% na indústria de transformação.
Frente a maio de 2021, o índice geral cresceu 0,9%, reflexo da elevação no segmento de transformação (1,4%). Nos primeiros cinco meses do ano, o emprego da indústria geral registrou aumento de 1,5%, explicado pelo avanço na indústria de transformação. Nos últimos 12 meses, o indicador de emprego cresceu 4,4%, em decorrência das elevações nos dois segmentos da indústria.