O empresário Hamilton Alves Reis, que morreu na queda do avião Bandeirante EMB-110 no Amazonas, estava morando em Franca. Ele trabalhou como diretor do Grupo Algar, que tem unidade em Franca, e também tinha negócios em Uberlândia (MG). A identificação da vítima foi dada pelo G1. O acidente com a aeronave ocorreu no sábado (16).
Hamilton nasceu em Ribeirão Preto, estudo na Universidade Moura Lacerda e pelo fato de ter consultoria empresarial na área de tecnologia e comunicações em Uberlândia, vivia no meio do caminho, em Franca.
No avião também estavam outras pessoas que atuavam no Grupo Algar. A empresa chegou a divulgar uma nota oficial para lamentar a morte. “A Algar lamenta o acidente ocorrido e confirma que cinco dos ocupantes da aeronave são ex-associados (como são chamados os funcionários da empresa). O Grupo se solidariza com os familiares e amigos das vítimas”, informa o comunicado.
O avião que saiu de Manaus caiu em Barcelos, no interior do estado do Amazonas, e deixou 14 pessoas mortas. A lista foi divulgada pela empresa ManausAerotáxi, mas a Segurança Pública do Amazonas ponderou que só poderá confirmar os nomes das vítimas após o Instituto Médico Legal (IML) realizar perícia nos corpos.
As vítimas até agora divulgadas são: Hamilton, Euri Paulo dos Santos, Guilherme Boaventura Rabelo, Heudes Freitas, Luiz Carlos Cavalcante Garcia, Fábio Ribeiro. Entre os tripulantes estavam Leandro Souza, piloto, e Fernando Galvão, copiloto.
O mau tempo da região pode ter contribuído para o acidente, que, segundo moradores do local, ocorreu no momento da aterrissagem. Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que foi acionada para investigar as causas do acidente. A cidade Barcelos é conhecida pelo ecoturismo e é dos principais destinos para pesca esportiva no Brasil. Atualmente, a cidade está em alta temporada da atividade, que acontece entre os meses de setembro e fevereiro.
A aeronave que caiu é um bimotor turboélice do modelo EMB-110 “Bandeirante”, da Embraer. Geralmente, esse tipo de avião movido por hélices opera rotas mais curtas e pistas menos preparadas para aeronaves de grande porte. O avião que caiu é de uso tanto civil quanto militar e tem capacidade para 18 passageiros. Foram fabricadas, ao todo, 498 aeronaves desse modelo ao longo de 18 anos, entre 1973 e 1991. Destas, 253 aeronaves ficaram no Brasil e 245 aeronaves foram vendidas para outros países e aproximadamente 320 aviões estão voando ainda hoje.
O Coronel Paulo Victor, então diretor do Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), foi quem deu o nome de “Bandeirante”, fazendo uma alusão aos bandeirantes, exploradores que desbravaram os sertões brasileiros.
*Matéria F3 Notícias, com G1