Desde abril, o Posto Barão da Franca tem apresentado preço dos combustíveis fora da curva de valores praticados por outros estabelecimentos. Neste mês, conforme apurado pelo F3 Notícias, empresários do comércio passaram a receber mensagens de ameaças por conta do ambiente de concorrência.
Essas ameaças estão ligadas à tentativa de divulgação de notícias falsas sobre qualidade do combustível no Posto Barão da Franca, além da possibilidade de realização de denúncias contra o local de supostas irregularidades.
Após contato com sócios, o F3 Notícias identificou que houve uma tentativa de ocorrer reunião entre proprietários do posto com possíveis empresários de Franca para haver um debate sobre o preço de combustível na cidade. Esse encontro não foi realizado.
“Por estarmos com um preço diferenciado, uma pessoa pediu para marcar uma reunião comigo. Eu perguntei qual era o assunto me disse que era sobre os preços de Franca. E que tinha uma política de preço (na cidade). Eu disse que não participava disso e que não tinha interesse nesse assunto. Essa pessoa me disse que seria bom eu fazer amizades, que assim evitaria que fiscalizações pudessem ir no posto, que poderiam pedir pra alguém falar que abasteceu no posto e fazer vídeo que combustível era ruim, fazer alguma maldade”, relatou um dos sócios da empresa ameaçada, que aceitou fazer o relato desde que não tivesse o nome divulgado.
O empresário ressaltou que possui material relacionado a essa abordagem, mas não iria expor o interlocutor. Indícios sugerem que postos de bandeiras em Franca podem estar criando movimento de concorrência que até então não existia, reduzindo a margem de lucro.
No mercado de venda de combustível, o preço no atacado é praticamente igual a todos os postos. Por isso, são as empresas no município que definem o valor na localidade, criam a concorrência. Essa condição dá margem também para combinação de preços entre os players.
“Essas ameaças fomentam cada vez mais nossa ambição em crescer na cidade, em ter sempre o melhor preço, com qualidade e bom atendimento. Essa seria minha única resposta a tudo que ouvi. E sempre tem gente abastecendo em nosso posto para testar a qualidade, tiram fotos, ficam constrangendo os colaboradores além das ameaças que ouvimos da boca de terceiros”, contou o empresário, que não é de Franca.
Apesar desse cenário ríspido de concorrência, a empresa dona do Posto Barão da Franca prevê abrir outra unidade em breve, na Estação e há estudo para ampliar em mais 4 pontos estratégicos da cidade.
“Creio que temos a livre concorrência e cada um se destaca da maneira que pode, pois hoje, nos postos, vendemos atendimento, entregamos experiência, qualidade e uma série de agregados (lubrificantes, lava rápido, conveniência, lojas de vários ramos e que fazem uma boa receita no final do mês)”, contou.
Questionado se vai encaminhar essa situação para órgãos de investigação, o sócio do grupo ponderou que não houve um ato ilegal, a não ser as insinuações e ameaças verbais e por escrito. Por isso, seguirá sem oficializar as denúncias. Ele explicou que tomará providências se os casos tornarem-se mais graves.
Enquanto a média de preço de gasolina é vendida a R$ 6,90 em Franca, o posto Barão, da Rodoil, fica em R$ 6,49. O Posto Barão da Franca, que pertence à GGX Grupo Global, que é uma bandeira Rodoil, foi inaugurado na cidade no dia 2 de abril e vendeu combustível, na época, com valores promocionais. Foi possível pagar até R$ 1 mais barato na gasolina aditivada. Os descontos também foram praticados para a gasolina comum e o etanol. O local fica na avenida Doutor Hélio Palermo, 3595, na Estação.
Hoje o grupo conta com mais de 850 postos próprios e está em 7 estados.
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