O grupo da Esquadrilha da Fumaça está confirmado para realizar apresentação em Franca, no dia 29 de maio, domingo, a partir das 8h. A Prefeitura de Franca está apoiando o evento, organizado pelo Aeroclube de Franca.
O local das apresentações e manobras vai concentrar-se na região do aeroporto da cidade, onde fica o aeroclube, na rodovia Rio Negro e Solimões, km 399.
O evento em si é gratuito, mas algumas opções de atrações serão pagas, como passeio panorâmico de helicóptero.
A Esquadrilha da Fumaça faz parte da Força Aérea Brasileira (FAB) e completa 70 anos agora em 2022. O Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira está baseado na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga.
Sobre a história
Utilizando as aeronaves North American T-6, a Esquadrilha da Fumaça originou-se da iniciativa de jovens instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, sediada na cidade do Rio de Janeiro. Em suas horas de folga, os pilotos treinavam acrobacias em grupo, com o intuito de incentivar os Cadetes a confiarem em suas aptidões e na segurança das aeronaves utilizadas na instrução, motivando-os para a pilotagem militar.
Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se aos T-6 um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça. Foi assim que os Cadetes e o público, carinhosamente, batizaram a equipe de “Esquadrilha da Fumaça”. A primeira escrita foi a sigla “FAB”, nos céus da praia de Copacabana
Em 1955, a Esquadrilha passou a ter cinco aviões com distintivo e pintura próprios. Assim, a Esquadrilha da Fumaça foi aumentando o número de manobras e se popularizando cada vez mais no Brasil e no exterior, até que em 1963 foi transformada em “Unidade Oficial de Demonstrações Acrobáticas da Força Aérea Brasileira”, única no mundo a se apresentar com aviões convencionais, até 1969, ano em que recebeu sete jatos Super Fouga Magister (T-24). Por limitações técnicas, os T-24 operaram até 1972 e, como não haviam abandonado o velho T-6, continuaram as apresentações até que, em 1976, após 1.272 demonstrações, o então Ministério da Aeronáutica resolveu não utilizar mais a aeronave. A partir daquela data, a Fumaça cessou suas atividades por um breve período.
Alguns anos mais tarde, já na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga/SP, houve a reativação da Fumaça com o T-25 Universal – o famoso “Cometa Branco”.
Em 8 de dezembro de 1983, foram adquiridos os EMB-312 Tucano – famosos T-27, da EMBRAER, aeronave utilizada até março de 2013, ano em que se iniciou a implantação dos A-29 Super Tucanos, com a bandeira do Brasil na cauda dos aviões utilizados até então nas demonstrações aéreas da Esquadrilha da Fumaça.