O estudo técnico de uma empresa especializada contratada pela Prefeitura de Franca, com a finalidade de indicar alternativas para o alargamento e aprofundamento da calha do Canal do Córrego Cubatão (sob o viaduto Dona Quita), próximo as Faculdades de Direito e UniFacef, está em fase de análises por técnicos da Secretaria de Planejamento Urbano.
A empresa MMF Projetos Estruturais, sediada em São Paulo, enviou essa semana para a Prefeitura de Franca o estudo inicial solicitado pela administração municipal, a partir da Tomada de Preço 011/19, publicada no começo do mês de dezembro, com a homologação da contratação dos serviços. O contrato tem valor de R$ 39.190,00.
De acordo com as informações da Secretaria de Planejamento Urbano, o estudo aponta duas alternativas, indicando alguns procedimentos que poderão ser ou não ser adotados pela Prefeitura. Conforme as informações preliminares, embora não exista um prazo para devolução desse material, os profissionais envolvidos estão empenhados em realizar a análise o quanto antes.
“Um primeiro estudo foi enviado pela empresa contratada (MMF Projetos de Infraestrutura), sediada em São Paulo, na última quarta-feira, 5”, detalha a Prefeitura de Franca, em nota enviada ao F3 Notícias.
Com essas obras de aprofundamento do canal e seu consequente alargamento, um dos objetivos principais é eliminar o represamento da água nesse local e consequentemente colocar fim às inundações que tem se repetido em ocasiões de chuvas fortes. No passado, quando da construção do Viaduto, essas obras chegaram a ser cogitadas, mas em razão de questionamentos do Ministério Público acabaram sendo proteladas.
Concluídas avaliações técnicas dos engenheiros da Secretaria de Planejamento, o estudo será novamente encaminhado à empresa paulistano para finalizá-lo, com ou sem as adequações que forem entendidas pela Prefeitura como necessárias. Uma outra certeza dos técnicos é que essa é um tipo de obra para ser realizada apenas depois do período chuvoso.
O problema dos alagamentos, atualmente concentrados em algumas áreas, é antigo. Relatório do Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais, publicado em 2005 pelo Ministério das Cidades, aponta que a gestão urbanística no município vem sofrendo entraves desde a criação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, que foi elaborado em 1971 pelo Departamento de Geografia da USP.
Além disso, uma análise mais profunda para solucionar o risco de enchentes não entrou no plano de governos municipais responsáveis por elaborar e implementar o Plano Diretor de Franca, ao menos até 2005, data em que há estudo sobre a questão. A contenção de voçorocas e abertura de loteamentos periféricos estavam na lista de prioridades, conforme identificado pelo Relatório do Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais, do Ministério das Cidades.