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‘Eu sou uma mulher honesta, quero minha honra limpa’, defende candidata que apareceu em lista do TCU

Foto: Divulgação

A enfermeira e candidata a vereadora em Franca Joana D’Arc Vieira (PP) negou veemente que não tem patrimônio de R$ 573 mil, conforme consta no sistema Divulga Cand da Justiça Eleitoral. Ela apareceu em lista do Tribunal de Contas da União (TCU) como candidata com patrimônio acima dos R$ 300 mil e que recebeu auxílio emergencial.

Ela defendeu que recebeu duas parcelas do auxílio e atualmente não tem ganhos mensais. Ela trabalha para montar um brechó em Franca para tirar seu sustento. Joana ainda relatou que atualmente passa por problemas de saúde. A candidata atuou como enfermeira por 30 anos e está com procedimento tramitando para conseguir aposentar-se.

Joana ponderou que a declaração que aparece na Justiça Eleitoral foi resultado de um erro da contabilidade que realizou a emissão de informações. “Eu sou uma mulher honesta, quero minha honra limpa. Não sou bandida. Nunca peguei um centavo do governo e criei dois filhos. Foi um erro (o que aconteceu)”, explicou.

A candidata ainda disse que está a disposição para quem quiser, pesquisar o nome dela em todos os cartórios de Franca para verificar seu patrimônio. “Nunca fui envolvida em escândalo. Para mim está sendo muito difícil isso. Nunca cometi nada de errado. Quando enfermeira, trabalhei com juízes, promotores, de Franca, de Ribeirão Preto, de Goiânia, de São Paulo”, detalhou.

No começo de novembro, o ministro Bruno Dantas tornou pública lista produzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que contém os candidatos que declararam patrimônio igual ou superior a R$ 300 mil e que receberam alguma parcela do auxílio emergencial até julho de 2020. É possível verificar também casos em que o patrimônio declarado do candidato supera 1 milhão de reais. Tais casos demonstram potenciais integrantes do rol de inclusões indevidas do benefício, uma vez que os indícios apontam renda incompatível com as regras do programa. Essa lista foi divulgada mediante parcial supressão dos CPFs dos candidatos.

O órgão federal ressaltou que os resultados são apenas indícios de renda incompatível com o auxílio. O TCU informou que há risco de erro de preenchimento pelo candidato, bem como risco de fraudes estruturadas com dados de terceiros. Conforme defende Joana D’Arc Vieira, na declaração dela houve um erro de preenchimento por parte da contabilidade que lançou os dados.

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