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Ex-ministro de Bolsonaro diz que minuta para reverter resultado da eleição ‘seria levado para ser triturado’

Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que atuou no governo de Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Federal encontrou uma minuta de um decreto que poderia servir para declarar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso tentaria reverter o resultado da eleição de 2022, que indicou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi divulgada, primeiramente, pela Folha de S.Paulo, nesta quinta (12).

Anderson Torres está nos Estados Unidos e apesar de ser alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Morais, do STF, ainda não retornou ao Brasil. Ele justificou a não apresentação por conta de cancelamento geral de voos no país. Os serviços já foram restabelecidos, mas ele segue nos EUA.

Por meio da rede social, o ex-ministro de Bolsonaro deu sua justificativa. “No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil. Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro”, escreveu.

 

 

 

A Polícia Federal fez pedido ao STF para que houvesse o mandado de prisão por conta das investigações constatarem que Anderson Torres não teria agido de forma para garantir a ordem no Distrito Federal. O ex-ministro foi nomeado para ser secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele é o responsável, por conta do cargo, para organizar a segurança contra invasões como as que aconteceram no dia 8 de janeiro.

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