A denúncia contra o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab que ele teria recebido R$ 16,5 milhões em vantagens indevidas da JBS vai prosseguir na Justiça Eleitoral de São Paulo.
O juiz da 1ª Zona Eleitoral do Estado de São Paulo, Marco Antonio Martin Vargas, aceitou denúncia contra Kassab, que atuou como secretário da Casa Civil do Estado, no governo de João Doria, entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020, seu último cargo público.
Segundo o magistrado, há indícios suficientes para a abertura da ação penal. De acordo com a decisão, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016 Kassab teria recebido R$ 16.500.000,00 em vantagens indevidas por meio de doações feitas pela empresa JBS, pertencente ao grupo J&F.
Parte desse valor teria sido transferido para financiar sua campanha ao Senado em 2014, e o restante sido entregue durante os anos seguintes, por meio de contratos fictícios e doações irregulares. Ele não foi eleito naquele pleito.
Ainda segundo a decisão, a ação penal deve ser iniciada porque há indícios de ocorrência dos crimes de falsidade ideológica eleitoral (“caixa-dois eleitoral”), corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Kassab tem participação em duas empresas, a Yapê Transportes, Comércio e Participações e na Yapê Engenharia e Empreendimentos Ltda. Conforme declaração na Justiça eleitoral, cada quota dessas empresas vale R$ 1.425.600,00 para a Yapê Transportes e R$ 4.158.018,00 para a Yapê Engenharia.
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