A Fazenda Barra Grande, localizada em Itirapuã, que promove o turismo rural, recebeu nesta semana a visita de turistas estrangeiros. O grupo de 13 pessoas, sendo oito americanas e cinco francesas, está no Brasil por meio do programa Friendship Force Internacional, uma organização sem fins lucrativos que visa promover a educação cultural e a diplomacia caseira, por meio de homestays (hospedagem “caseira”). Como o acolhimento do grupo acontece em Ribeirão Preto, uma das atividades programadas foi conhecer o turismo rural da região.
A visita foi realizada na quarta-feira (23) e durou cerca de três horas. Os estrangeiros fizeram um tour completo pela propriedade, que produz cachaça de alambique desde 1860, além de café, cana-de-açúcar e milho. A fazenda também trabalha com pecuária.
O roteiro incluiu passagem pelo engenho, que é o único engenho do Estado de São Paulo que funciona movido à roda d´ água e responsável pela produção das cachaças Barra Grande e Santo Grau Itirapuã, adegas, antiga usina hidroelétrica, máquina de beneficiar arroz, moinho de fubá, monjolo e paiol, além de toda infraestrutura da propriedade.
O estado de preservação da fazenda e o seu lado sustentável foram alguns dos pontos que chamaram a atenção do grupo no tour. Por dois anos consecutivos, a Fazenda Barra Grande foi finalista do prêmio Fazenda Sustentável da revista Globo Rural e também finalista do Prêmio Novo Agro, promovido pelo Banco Santander, em parceria com a Esalq/USP na categoria sustentabilidade.
“Essa parte sustentável agradou a todos, muita água, tudo muito bem cuidado. Eles se atentaram muito aos detalhes. Para dizer a verdade, foi um dos destaques de todos os passeios que fizemos. Conheceram todo o processo da cachaça e tiveram a chance de provar e ir nos tonéis”, ressaltou o empresário Bruno Prota, integrante do Friendship Force Internacional e responsável por levar os estrangeiros até a Barra Grande.
Com pratos típicos da roça preparados com ingredientes da região, o restaurante da fazenda foi o ponto de encerramento da visita e também o local em que o grupo pode fazer compras de cachaças, café e fubá.
“Ficamos lisonjeados com a visita. Foi uma troca muito rica, construtiva. Pudemos promover uma vivência e experiência diferente do que estão acostumados. Contamos a história da fazenda, da produção de cachaça e também do período colonial do Brasil”, explicou Maurílio Cristófani, que faz parte da quinta geração à frente da Fazenda Barra Grande.