A chegada da menopausa está associada a uma série de mudanças que o corpo enfrenta nessa fase da vida. Por volta dos 50 anos de idade, a mulher deixa de produzir óvulos mensalmente, os níveis de hormônios sexuais caem bruscamente, a menstruação é interrompida e o período reprodutivo chega ao final.
Vilma Marques tem 51 anos e uma rotina intensa de trabalho. Recentemente, no entanto, teve que interromper as atividades para cuidar de uma anemia. O motivo da doença foi o aumento do fluxo menstrual como sintoma da menopausa, e ele não veio sozinho. “Estava sentindo muito calor, calafrios, suor, tinha a impressão de que o cérebro sairia da cabeça. E, do mesmo jeito que vem, vai embora como se nada tivesse acontecido”, conta Vilma.
Uma das alternativas para aliviar os sintomas é o tratamento com reposição hormonal, mas o especialista destacou também o estilo de vida. “A mulher é um todo e não é apenas um ovário que não está mais funcionando. Ela precisa ter, assim, uma alimentação balanceada, com dieta pobre em gorduras e rica em vegetais e proteínas, além de uma atividade física que seja, pelo menos, três vezes por semana, e acompanhamento psicológico se necessário”, esclareceu o ginecologista Paulo Olmos.
Tabagismo
A combinação entre menopausa e cigarro pode ser muito perigosa para as mulheres. Isso porque a mulher que fuma antecipa a menopausa em até cinco anos.
“Esse hábito diminui a produção de estrógeno pelo ovário e faz com que os hormônios produzidos pelas mulheres sejam metabolizados pelas mulheres”, explica a cardiologista do InCor, Jaqueline Scholz, especialista em tabagismo.
A cardiologista afirma ainda que antecipar a menopausa pode causar o envelhecimento precoce, além de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.
A chefe de oncologia clínica do Instituto do Câncer de São Paulo, Maria Del Pilar Estevez Diz, lembra que o hábito de fumar é associado a diversos tipos de câncer. “Não importa se é o cigarro convencional, cigarros elétricos, cigarros de palha ou narguilé, qualquer forma de inalação de fumaça é prejudicial. Parar de fumar é sempre válido, não importa a idade”, afirma.