Indústria que está produzido álcool em gel e itens de prevenção ao novo coronavírus em Franca paralisou completamente a sua linha de produção com a retomada do lockdown completo no município. A fábrica tentou retomar a atividade para cumprir os contratos de entrega dos produtos, mas pode não conseguir concluir esse procedimento.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi que referendou definitivamente o fechamento da linha de produção da indústria. Só após 10 de junho que a Harus poderá voltar a trabalhar, caso o decreto municipal de lockdown não seja renovado.
“Trata-se de um ato arbitrário e incompreensível por parte das autoridades, incluindo a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Estamos recebendo pedidos de Franca e outras regiões do país, mas se fecharmos as portas o fornecimento de itens essenciais para prevenção da Covid-19 ficará completamente comprometido”, afirmou Luiz Roberto Magrin Filho, diretor da empresa.
A Harus, que produz e comercializa diversos produtos para o setor hoteleiro e também para outros ramos, tem contratos de entrega de produtos com hospitais, clínicas médicas e drogarias. A indústria, que está ampliando sua planta neste ano, produz em larga escala álcool em gel, máscaras e itens de higiene.
A direção da indústria chegou a entrar em contato com o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) para manifestar a necessidade de autorização para funcionar. “Em nota enviada ao Prefeito Alexandre Ferreira, o empresário manifestou toda a sua indignação, ressaltando que mais importante do que manter 100 funcionários em casa é ter a empresa funcionando para ajudar a salvar centenas de milhares de vidas com a entrega regular de itens sabidamente necessários para o cumprimento dos protocolos sanitários'”, comunicou a indústria, por meio de nota.
A decisão do STF, que determinou o retorno do lockdown completo em Franca, foi dada no dia 4 de junho. Franca está em lockdown desde 27 de maio, mas as medidas restritivas só foram completamente seguidas de fato por cerca de cinco dias. Depois que começaram a pipocar ações na Justiça Estadual, vários setores conseguiram autorização, por meio de liminar, para voltar a funcionar com o recebimento de clientes ou trabalho interno de funcionários. As decisões começaram a ser proferidas em 1º de junho.
Há um mês a Prefeitura de Franca não consegue garantir ampliação de novos leitos de UTI na cidade, nem com recursos próprios ou intermediando verba vinda do governo do Estado.
“Vivemos um radicalismo nacional, com gestores absolutamente despreparados para agir em situações como a que estamos vivendo. Não sabem para onde correr e tomam decisões equivocadas”, opinou o empresário, dono da Harus.
Veja as regras estabelecidas para os setores que poderão ficar abertos:
- Somente poderão funcionar durante a vigência do “lockdown” e em regime de “delivery” (entrega à domicilio), mantendo as portas fechadas, as seguintes atividades:
a) Supermercados, mercados, mercearias – assim entendidos os estabelecimentos que tiverem 70% ou mais da sua área de venda ocupada por produtos essenciais (alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal), não importando o CNAE do estabelecimento).
b) Padarias e açougues;
c) Comércio atacado e varejista de hortifrutis;
d) Distribuição em atacado e varejo de gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso domiciliar e industrial;
e) Comércio e insumos médico-hospitalares e de higienização;
f) Restaurantes e lanchonetes;
g) Pet shops e Casas Agropecuárias.
h) Farmácias e Drogarias.
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