O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), ampliou o efetivo para combater os incêndios no estado. Serão 15 novas equipes que irão atuar nas Unidades de Conservação, somando-se às 19 já existentes.
São mais 45 bombeiros civis, com 15 veículos 4×4, equipados com motobombas com capacidade de 600 litros d’água e mangueira acoplada, e novos equipamentos de controle do fogo. Assim, o número de bombeiros sobe de 57 para 102 pessoas, um aumento de quase 80%. Brigadistas do Vale do Ribeira e do litoral se deslocaram para o interior do estado para ajudar no combate. O monitoramento é feito tanto por via terrestre como por meio de drones com leitura térmica para identificar focos, até mesmo durante a noite.
A estrutura da Fundação Florestal também conta com equipes de centenas de brigadistas, vigilantes, vigilantes motorizados, e vários tipos de equipamentos que são usados por esses profissionais. Entre eles estão: caminhões-pipa, tratores, carretas-tanque, picapes 4×4, quadriciclos, sopradores, atomizador costal, roçadeiras, motosserras, bomba costal e abafadores. Além disso, só neste ano, o Governo de SP realizou mais de 1.500 km de aceiros, faixa de terra livre de vegetação que é criada para impedir a propagação de incêndios.
Outra importante medida adotada pelo Governo de São Paulo foi o fechamento de 80 Unidades de Conservação, incluindo parques, no último domingo (1º de setembro). A decisão foi justamente para proteger a população e direcionar as equipes para atuar diretamente nos incêndios. Além disso, a ideia também é evitar que algum visitante fique preso em uma trilha em meio às chamas. O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023. Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios.
“O fechamento das Unidades de Conservação foi fundamental para combater as queimadas. Esse reforço por parte da Fundação Florestal vai ajudar diretamente a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Coordenadoria de Fiscalização Ambiental e Biodiversidade, DER, entre outros órgãos”, afirma Rodrigo Levkovicz, diretor-presidente da Fundação Florestal.
Parceria com o setor privado
O Governo de São Paulo também conseguiu apoio da iniciativa privada para auxiliar na identificação das queimadas. Empresas que têm uma rede de monitoramento nas unidades produtivas delas, utilizam torres com câmeras, que podem ter um alcance de até 100 km, a depender da topografia. A comunicação é feita imediatamente para que tenha uma resposta imediata.
“Temos um planejamento muito bem estabelecido aqui no estado, com um plano de curto, médio e longo prazo. E para robustecer isso cada vez mais, ficou acordado que cada um vai mandar as informações de suas infraestruturas, principalmente do que chamamos de infraestruturas críticas. Vamos agregar os mapeamentos para termos esse planejamento articulado dentro do nosso gabinete de crise”, afirma a secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.