A região da DRS VIII, que engloba Franca e outros 21 municípios, tem 12 equipamentos para funcionamento de UTIs, porém eles estão desligados. São sete que estão na Santa Casa de Franca e outros cinco na Santa Casa de São Joaquim da Barra. Os equipamentos para montagem da UTI foram encaminhados pelo próprio governo do Estado, mas por enquanto estão desligados.
Conforme a Prefeitura de Franca, o que falta para o efetivo funcionamento desses novos leitos é a determinação do Estado para que eles sejam ligados nas unidades de saúde. Detalhes burocráticos relacionados a repasse de verba para cobrir custos também estariam emperrando esse funcionamento.
Além disso, o Hospital e Maternidade São Joaquim, da Unimed Franca, ampliou em mais cinco o número de leitos de UTI em sua unidade, mas essa atualização não consta em informe para o Estado.
O coordenador de Saúde de Franca, Carlos Vergara, confirmou que a não instalação de novos leitos de UTI para melhorar a capacidade de atendimento a pacientes atrapalha na classificação do município, que nesta sexta-feira foi rebaixado para a fase vermelha da quarentena, conforme o Plano SP.
“Falta uma posição da regional de saúde, do Estado, para efetivar a instalação desses novos equipamentos. Eles já estão aqui, faltam ser ligados. A Prefeitura recebeu equipamentos para o Pronto Socorro, usados para estabilização, e fizemos a instalação logo que eles chegaram. Esses de UTI continuam parados”, reconheceu.
Vergara ainda pontuou que os dados que a DRS VIII envia para análise do Comitê de Contingenciamento do Novo Coronavírus do Estado têm certo atraso. A planilha encaminhada para determinar o novo período de quarentena, a partir da próxima semana, tem data de 14 de junho (veja a planilha abaixo).
Somente no caso de Franca, a ocupação de leitos de UTI está em 8% dos casos ativos. Até esta quinta-feira (25), a cidade tinha ao todo 299 casos positivos, sendo que 122 pessoas já foram curadas. Em número de óbitos, a cidade já registrou oito perda de vidas de moradores locais. Os casos ativos oficiais, ou seja, que são monitorados pelas autoridades de saúde, somam 169. Atualmente a cidade tem 23 leitos de UTI e há 14 pessoas internadas.
Para considerar a classificação no Plano SP, o governo do Estado avalia a situação como um todo da DRS VIII.
O secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi, durante coletiva nesta sexta-feira (26), negou que o problema para retrocesso na quarentena, voltando para fase vermelha na DRS VIII, tenha ligação à falta de leitos. Ele atribuiu a situação apenas ao aumento de casos positivos.
A partir da segunda-feira (29), Franca e os outros 21 municípios da DRS VIII terão de fechar imobiliárias, concessionárias, escritórios, lojas, shoppings e ambulantes. A indústria não essencial e a construção civil devem ser mantidas abertas, com base em regulamento que já existiu no município quando este estava na fase vermelha da quarentena.
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