Ícone do site F3 Notícias

Lotação em bares e restaurantes em Franca ainda não é suficiente para setor melhorar caixa

Foto: F3 Notícias Whatsapp

A retomada de bares e restaurantes na região de Franca vai completar uma semana, mas a recomposição financeira desses estabelecimentos comerciais ainda vai demorar para ser restabelecida. Estudo da Associação Brasileira de Restaurantes (Abrasel) aponta que incertezas ainda dão o mote para o setor.

Quando as incertezas ainda existem, o resultado é que as contratações também devem seguir a passos mais lentos. “Bares e restaurantes foram os mais atingidos pela crise, em todos os aspectos, tendo pago a conta de modo desproporcional, por causa do fechamento precipitado em alguns lugares e extenso demais em outros. O setor é o que mais emprega no Brasil. Precisamos de ajuda específica para que os empreendimentos possam sobreviver e voltar a contratar”, avalia o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, por meio da assessoria de imprensa da entidade.

Nessa última pesquisa da entidade, divulgada neste mês, 71% dos bares e restaurantes informaram que o faturamento está abaixo da expectativa. Contudo, a possibilidade de abertura é uma esperança de que o movimento possa melhorar, mesmo que os bares não possam ainda funcionar no período noturno.

“Restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e congêneres não situados em Shopping Centers e Galerias, desde que o consumo no estabelecimento se dê entre as 5h e as 17h, ao ar livre ou em áreas arejadas e no período máximo de 8h diárias, devendo o estabelecimento divulgar e fixar cartaz/placa em local de fácil visualização com o seu horário de atendimento presencial, sendo permitido, fora do horário acima estipulado, apenas o atendimento pelo sistema de fornecimento de marmitas, e-commerce, delivery (entrega em casa), drive-thru (entrega no veículo) e take away (entrega para viagem)”, estabeleceu decreto municipal, que regula o funcionamento desses setores.

Luciano Carvalho, que é dono de um bar no Centro (Matheus e Rosária) da cidade e dois restaurantes em Franca (Sapataria da Pizza e Lu Wasabi), apontou que ainda foi cedo para medir que o caixa das empresas do setor estão próximos para se equilibrarem. “Prejuízo eu não contabilizei para não ficar doente, correr o risco de enfartar. O que passou não dá mais para fazer nada. A gente teve apenas um final de semana dessa retomada, não houve tempo, mas de fato o movimento aumentou. O que eu espero é que daqui uns 15 dias vamos ter uma ideia melhor o que vai ser daqui para frente”, comentou.

O empresário reconheceu que as medidas de flexibilização para com os trabalhadores foi um dos principais auxílios prestados pelas autoridades públicas para garantir a saúde financeira dos negócios. “O governo federal, para mim, foi o único que ofereceu medidas que contribuíram, de fato. A questão trabalhista permitiu que a gente conseguisse controlar o período difícil. Por parte do governo do Estado, posso dizer que nada foi feito para minimizar os problemas”, opinou.

Nilo Márcio Cintra Ferreira é outro que pondera a retomada, mas disse acreditar que aos poucos a confiança do consumidor em sair e a economia vão entrar nos trilhos. “Para mim, abrir do jeito que está não é suficiente porque eu trabalho entre 16h e 23h, então só fico no delivery. No sábado e domingo, pudemos funcionar das 11h às 17h e lotou. Creio que depois do dia 25 (setembro), podendo abrir até as 22h, isso vai melhorar”, avaliou o empresário que tem um restaurante no Jardim Guanabara (Bar do Nilo).

Como Nilo e Luciano mencionaram, os donos de comércios no ramo aguardam a maior flexibilização prevista para acontecer a partir de 25 de setembro. “No caso do município manter-se na fase amarela por 14 dias consecutivos, fica autorizado, a partir do dia 25 de setembro de 2020, que o consumo em restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e congêneres não situados em Shopping Centers e Galerias, se dê até as 22h, ao ar livre ou em áreas arejadas e no período máximo de 8h diárias, devendo o estabelecimento divulgar e fixar cartaz/placa com o horário de atendimento presencial”, especificou decreto municipal.

“Quando abrir, eu acho que vai dar uma luz. Do jeito que está, estamos aguentando à força. Com o delivery não dá o mesmo giro que a possibilidade do pessoal vir aqui pessoalmente”, reconheceu Sebastião Sérgio de Andrade, que é proprietário do Pereira Gol de Placa.

Conforme Nilo, ele já está planejando recontratar os funcionários que precisaram ser demitidos. No caso dele, 80% do quadro foi reduzido. “Vamos, aos poucos, recontratar quem foi demitido. Eu estou com muita esperança nesses próximos meses”, afirmou.

Ferreira, porém, criticou a situação de ainda ter bares e restaurantes na cidade que não estão respeitando as regras de horário. Para ele, é uma questão de garantir a segurança sanitária para evitar que a infecção do novo coronavírus volte a ser muito grande. “Aqui estamos atendendo com 40% da capacidade. Eu entendo que fazendo assim, que são as regras determinadas, os clientes vão sentir-se mais seguros para poder sentar no meu comércio”, explicou.

*Envie mensagem para gente, basta clicar no (16) 99231-0035 e encaminhar foto ou sugestão de matéria para o F3 Notícias Whatsapp.

This website uses cookies.

This website uses cookies.

Sair da versão mobile