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Mãe de 26 anos e filha de 5 anos ainda seguem internadas após churrasqueira explodir

Uma mãe de 26 anos e a filha dela, de 5 anos, estão internadas por conta de queimaduras sofridas na segunda-feira (15). Lorrane da Silva Lopes Rodrigues está em ala de UTI, entubada, na Santa Casa de Franca, enquanto a criança precisou ser transferida para unidade especializada em Sorocaba.

A família tentava acender uma churrasqueira na casa onde moram, no bairro Santa Lúcia. Álcool era usado como combustível e ao tentarem acender houve explosão que causou ferimentos na mãe e filha.

A mulher de 26 anos está com cerca de 30% do corpo queimado.

Foto: rede social

Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras indicam que, desde 19 de março de 2020, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou a resolução 350, flexibilizando a comercialização do álcool, ocorreram mais de 100 acidentes pela combustão do álcool gel no Brasil.

Só na Unidade de Queimados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP o aumento foi três vezes maior em relação a igual período anterior à resolução, segundo o  professor Jayme Adriano Farina Júnior, chefe da Divisão de Cirurgia Plástica e diretor da Unidade de Queimados do HC-FMRP.

O professor lembra que esse álcool gel, agora largamente utilizado para higienizar as mãos, tem 30% de água e espessante, que dão a textura de gel, e 70% de álcool etílico, o que o torna altamente inflamável e com mais chances de acidentes de queimaduras.

“A tendência de acidentes é pela inadequada manipulação de equipamentos na fabricação do produto, especialmente para fazer a mistura do álcool com o espessante.”

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