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Mãe que queimou cerca de 30% do corpo no Santa Lúcia será atendida em unidade especializada

Foto: Arquivo pessoal

Lorrane da Silva Lopes, 26 anos, conseguiu neste sábado (20) a transferência para ser atendida no Hospital Regional de Sorocaba. A unidade é especializada em tratamento de queimaduras. A família, que vive no bairro Santa Lúcia, aguardava por essa vaga desde a segunda-feira (15).

A vítima sofreu queimaduras graves após a explosão de uma churrasqueira. Lorrane e a filha de 5 anos estavam próximas. A mulher tentava acender o equipamento com álcool quando ocorreu o acidente.

Na sexta-feira (19), a Santa Casa de Franca, que fez os primeiros atendimentos e iniciou o tratamento de Lorrane divulgou boletim. “Mantém quadro grave, porém estável; está entubada, com sedação. Aguardando indicação de transferência da CROSS para hospital especializado”, informou a unidade de Franca. Essa transferência acabou saído neste sábado.

Após o acidente na segunda (15), a filha de Lorrane conseguiu ser transferida praticamente no mesmo dia e está sendo tratada também em Sorocaba. Conforme apurado, o quadro da criança segue estável.

O caso

Uma mãe de 26 anos e a filha dela, de 5 anos, estão internadas por conta de queimaduras sofridas na segunda-feira (15). Lorrane da Silva Lopes Rodrigues ficou em ala de UTI, entubada, na Santa Casa de Franca, enquanto a criança precisou ser transferida para unidade especializada em Sorocaba.

A família tentava acender uma churrasqueira na casa onde moram, no bairro Santa Lúcia. Álcool era usado como combustível e ao tentarem acender houve explosão que causou ferimentos na mãe e filha.

A mulher de 26 anos está com cerca de 30% do corpo queimado. Lorrane foi estudante da Escola Estadual Prof. Evaristo Fabrício e também na Unifran.

Perigos

Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras indicam que, desde 19 de março de 2020, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou a resolução 350, flexibilizando a comercialização do álcool, ocorreram mais de 100 acidentes pela combustão do álcool gel no Brasil.

Só na Unidade de Queimados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP o aumento foi três vezes maior em relação a igual período anterior à resolução, segundo o professor Jayme Adriano Farina Júnior, chefe da Divisão de Cirurgia Plástica e diretor da Unidade de Queimados do HC-FMRP.

O professor lembra que esse álcool gel, agora largamente utilizado para higienizar as mãos, tem 30% de água e espessante, que dão a textura de gel, e 70% de álcool etílico, o que o torna altamente inflamável e com mais chances de acidentes de queimaduras.

“A tendência de acidentes é pela inadequada manipulação de equipamentos na fabricação do produto, especialmente para fazer a mistura do álcool com o espessante.”

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