O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que o governo federal vai abrir consulta direta, por meio da internet, aos candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para decidir a data de realização das provas deste ano.
De acordo com o ministro, a consulta ocorrerá na Página do Participante em final de junho. O Ministério da Educação (MEC) estima que 5 milhões se inscreverão.
Todos os inscritos poderão escolher entre a manutenção da data das provas, o adiamento por 30 dias e a suspensão indefinida do exame deste ano por causa da pandemia de Covid-19.
O governo federal chegou a promover campanha na TV sobre as inscrições do Enem, mas surgiram diferentes movimentos defendendo que as provas fossem adiadas. Um desses atos é do Grupo Mulheres do Brasil, por meio do Comitê Educação. A empresária e presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, integrante do GMB, publicou em seu perfil do Instagram a mensagem do grupo com a #adiaenem.
“O ENEM, construído pela sociedade brasileira como uma política pública sólida e consistente, tem como um de seus princípios organizadores a redução das injustiças e desigualdades educacionais. Manter o calendário e a organização do ENEM na forma proposta significa destruir esse patrimônio da sociedade brasileira, reproduzindo e ampliando as desigualdades”, informou nota do Comitê Educação do Grupo Mulheres do Brasil.
O argumento é que como as aulas presenciais estão suspensas, estudantes de escolas públicas e que não têm acesso fácil à internet e outros meios para estudar nesse período além da própria escola seriam muito prejudicados.
As provas do Enem estão marcadas para 1º de novembro (linguagens, códigos e suas tecnologias; redação; ciências humanas e suas tecnologias) e 8 de novembro (ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias). Estudantes podem se inscrever no exame, por meio da Página do Participante, até sexta-feira (22).
*Matéria Agência Brasil, com F3 Notícias