O regime do Microempreendedor Individual (MEI) no Brasil passará por mudanças significativas em 2025, impactando milhões de pequenos empresários em diferentes setores. Entre as principais alterações está o aumento do limite de faturamento anual, que passará de R$ 81 mil para R$ 130 mil, permitindo que microempreendedores tenham um faturamento mensal médio de R$ 10.830 sem a necessidade de migrar para regimes tributários mais burocráticos.
Outra novidade é a obrigatoriedade da emissão de notas fiscais eletrônicas para todas as transações, incluindo vendas para consumidores finais, o que exigirá adaptação tecnológica por parte de muitos empreendedores que ainda operam sem sistemas digitais.
Além disso, algumas categorias profissionais serão excluídas do regime MEI, o que pode gerar desafios para trabalhadores desses setores, forçando-os a buscar novas formas de formalização e enquadramento tributário.
A elevação do teto de faturamento é uma demanda antiga da categoria, pois muitos microempreendedores encontravam dificuldades para expandir seus negócios sem ultrapassar o limite e serem obrigados a migrar para o Simples Nacional, um modelo mais oneroso e com exigências mais complexas. Com a nova faixa, será possível crescer sem a preocupação de desenquadramento automático.
A exigência da emissão de notas fiscais eletrônicas tem como objetivo formalizar mais transações e reduzir a sonegação fiscal. No entanto, a mudança pode representar um desafio operacional para microempreendedores que ainda não utilizam plataformas digitais, tornando necessário um processo de adaptação e aprendizado para garantir o cumprimento das novas obrigações fiscais.
Obrigatoriedade da nota fiscal eletrônica: desafios para os microempreendedores
Uma das mudanças mais impactantes para os MEIs em 2025 será a obrigatoriedade da emissão de notas fiscais eletrônicas para todas as transações, incluindo vendas para pessoas físicas. Antes, a emissão era exigida apenas nas negociações com empresas, mas agora abrangerá todas as operações comerciais, tornando a fiscalização mais rígida e promovendo maior transparência tributária.
Para se adequar à nova exigência, os microempreendedores precisarão se cadastrar nas Secretarias da Fazenda estaduais e utilizar plataformas oficiais para a emissão de notas fiscais. Muitos ainda operam de maneira analógica, sem sistemas digitais para gestão de vendas, o que pode tornar o processo de adaptação mais desafiador.
O não cumprimento da obrigatoriedade da NF-e poderá resultar em penalidades, incluindo multas e até mesmo o cancelamento do CNPJ do MEI. Além disso, a exigência de digitalização forçada pode prejudicar empreendedores que não possuem acesso a tecnologias adequadas, sendo necessário que órgãos reguladores ofereçam suporte e capacitação para facilitar a transição.