No meio das crises econômica e social geradas pela pandemia do novo coronavírus, diversos setores produtivos de Franca tiveram entre 46% e 50% de queda no faturamento. Porém, para os setores de agronegócio, e-commerce de calçados, de roupas e de alimentos, setor de alimentos e comércio atacadista está ocorrendo o inverso.
Essas constatações foram identificadas em estudo desenvolvido pela Assecofran (Associação das Empresas de Serviços Contábeis de Franca e Região) com seus associados.
“O destaque positivo está na melhora dos índices de faturamento das empresas locais. O retorno gradual de algumas atividades mesmo com uma série de restrições e horário reduzido já começou a trazer um aumento no faturamento das empresas de um modo geral, porém ainda longe da ‘normalidade'”, detalhou a Assecofran.
O estudo foi feito com dados referentes a maio de 2020, dois meses depois que a quarentena passou a valer no município. O levantamento também não levou em consideração os 15 dias de abertura do comércio, ocorrido na primeira quinzena de junho.
“No mês passado (abril), 52,1% das empresas tiveram uma redução de até metade do seu faturamento e 38,5% tiveram reduções nos ganhos acima de 50% da receita. Já em maio esse número melhorou, 46,1% mantiveram perdas de até metade do faturamento (11% melhor que no ultimo mês) e 13,5% das empresas deixaram de amargar quedas superiores a 50% no faturamento total, mesmo assim 24,9 % das empresas francanas estão neste índice”, analisou a entidade.
Conforme a Assecofran, os escritórios de contabilidade são ferramentas para ajudar na retomada das atividades e na recuperação das empresas e dos negócios locais.
A relação com a geração de emprego com carteira assinada não foi levantada pela entidade. Apesar do faturamento de alguns setores não terem sido impactados, a capacidade de geração de empregos formais não gerou efeitos práticos para grande gerados de vagas, como a indústria calçadista.
Desde janeiro até mês passado, em torno de 10 mil empregos foram extintos em Franca.
A condicão de crescimento de alguns setores pode ser projetada, por exemplo, com a previsão de abertura de duas grandes lojas do setor de varejo. São elas: o Maxxi Atacado, que será no lugar do Wallmart, e uma nova loja do Savegnago. As inagurações ainda não tiveram datas confirmadas. A geração de empregos diretos e indiretos desses empreendimentos não ultrapassa as 500 vagas.