A Prefeitura de Franca, a ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), o Sindifranca (Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca) e o Sebrae estão com projeto em andamento denominado Trilha de Internacionalização, composta por três fases. A medida é uma promessa para contribuir com empresas que precisam superar os traumas e crises geradas pela pandemia do novo coronavírus e, em alguns casos, houve agravamento com o recém lockdown.
A cidade tem cerca de 37 mil negócios constituídos como micro e pequenas empresas, número esse que representa 87% do total de negócios ativos na cidade.
Na primeira etapa do projeto, a Secretaria de Desenvolvimento fará um trabalho de sensibilização e apresentar a estratégia que será aplicada para cada um dos tipos de empresas, que nunca exportaram, para quem deseja iniciar ou já exporta com frequência. “O mercado interno é de vital importância para as empresas, mas o nível de concorrência interna é acirrado. Uma saída para otimizar o ‘share’ de vendas das empresas é a busca por mercados externos. Que possam ser atrativos ao seu negócio”, apontou o governo municipal, em nota.
No próximo mês, nos dias 13 e 14 de julho, estão previstas as primeiras lives do “Esquenta Exporta Franca”. O evento online será às 19h, com o tema “Os primeiros passos para a internacionalização”. O responsável pela palestra é Thiago Faria, gerente regional do Sebrae Osasco, especialista em Comércio Exterior. No segundo dia, Flávio Silva, consultor do Sebrae Franca, especialista em Marketing e Modelo de Negócios, que vai abordar o tema “Tendências Internacionais de Varejo – NRF”, também no mesmo horário.
Os interessados poderão fazer inscrições pelo link: htttp://bit.ly/liveexportaçãofranca ou pelo aplicativo de Whatsapp (16) 3111-9905, com vagas limitadas.
A segunda fase do programa envolve a capacitação das empresas que pretendem iniciar a exportação e também auxiliar àquelas que já atuam no mercado externo a desenvolverem uma prospecção de mercado, aprimorando a divulgação da marca e seus produtos, bem como a indicação de procedência como ferramenta de marketing.
“Nesta etapa, a trilha prevê a realização de um Seminário, previsto para a segunda quinzena de agosto, com uma programação de palestras presenciais e virtuais, contando com câmaras e lojistas de outros países durante o período de quatro dias, com temas atuais voltados ao mercado exportador”, detalhou a Prefeitura de Franca.
A última fase do projeto conjunto prevê para novembro deste ano uma Rodada Internacional de Negócios com a FBR (Franca Business Round), feira de exportação internacional, com a confirmação de 10 compradores internacionais, que vão conhecer e adquirir os produtos da indústria francana, cuja programação será divulgada futuramente.
As fases iniciais do programa são abertas a empresas de todos os segmentos de Franca e a terceira etapa é exclusiva para o setor calçadista porque o foco dela é realização de um evento com compradores específicos para a área.
As empresas que participarem de forma engajada e completarem as duas etapas da trilha terão a oportunidade de participar do Empretec, curso comportamental, com chancela internacional da ONU, em parceria com o Sebrae, com vagas limitadas.
Levantamento sendo feito
Lucimara Prado, secretária de Desenvolvimento, apontou que levantamento de informações dos setores econômicos da cidade está sendo desenvolvido junto ao Centro Universitário Municipal de Franca (Uni-Facef) para que sejam estruturadas ações que possam ajudar no mercado interno. Além de projetos para a qualificação de profissionais e capacitação empresarial pelo Programa Caminho para o Emprego. De acordo com ela, os dois mercados precisam ser trabalhados, pois eles se completam.
José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindifranca, ressaltou, via nota da Prefeitura, que esse é um momento histórico para a cidade, tendo em vista que outros prefeitos tentaram fazer muito por Franca, mas hoje é a primeira vez em que um governo municipal apresenta uma proposta de trabalho de curto, médio e longo prazos para a reativação da exportação na cidade.
De acordo com ele, é o momento de preparar os empresários para a volta das exportações e relembra com satisfação os números alcançados em 1993, quando a cidade exportava a marca de 15 milhões de pares, com saldo superior a US$ 250 milhões de dólares. “Esse é o caminho a ser seguido. Eu confio muito nessa união de forças entre a Prefeitura, Sindifranca, Acif e Sebrae e o empresário tem que entrar no programa, não esquecendo do mercado interno”, disse Brigagão do Couto.
Para Tarcísio Botto, presidente da Acif, é Franca é capaz pode e tem que retomar as exportações. O presidente da Associação Comercial informou que o Departamento de Negócios Internacionais da Acif poderá contribuir muito com as ações a serem desenvolvidas e elogiou esse trabalho conjunto com as entidades, visando o fortalecimento da economia da cidade.
O Sebrae Franca será responsável pela capacitação, consultoria e assessoria para as empresas participantes da Trilha de Internacionalização. Vinícius Nóbrega, gerente regional do Sebrae, comentou que a pandemia evidenciou uma necessidade ainda maior de acesso a novos mercados, em especial com lastros em dólar, como a exportação. “Esta na hora do empreendedor romper as suas barreiras, atingir mercados inesperados e vender mais no mercado internacional de negócios. Nós estamos muito animados”, disse Nóbrega.
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