Quem acha que 2020 está demorando a acabar devia dar uma volta em Saturno. Por lá, o tempo que um ano leva para chegar ao fim equivale a mais de 29 anos terrestres. Isso significa dizer que quem tem 28 anos de idade na Terra, ainda não teria completado um único aniversário se tivesse nascido em Saturno. Já em Mercúrio, estaria com idade para ser avô.
Pensando nisso, o museu virtual Exploratorium elaborou uma calculadora que mostra a sua idade em outros planetas do sistema solar. Veja como funciona a ideia em tela abaixo.
O conceito é simples: um ano é o tempo que se leva para dar uma volta completa ao redor do Sol. No nosso caso, isso acontece em 365 dias. A depender da distância entre um planeta e o astro rei, no entanto, o movimento de translação pode levar uma vida inteira – ou mais.
Plutão, por exemplo, está tão longe do Sol que leva mais de 248 anos terrestres nesse processo. Desde a Revolução Francesa, passando pelas duas Guerras Mundiais até chegar à pandemia do novo coronavírus, o planeta ainda não concluiu uma volta completa. Tem sido um ano intenso.
Confira a lista de duração dos anos em cada planeta (“dias” e “anos” referem-se ao tempo da Terra):
- Mercúrio: 87,97 dias
- Vênus: 224,7 dias
- Terra: 365,26 dias
- Marte: 1,88 anos
- Júpiter: 11,86 anos
- Saturno: 29,46 anos
- Urano: 84,01 anos
- Netuno: 164,79 anos
- Plutão: 248,59 anos
Tempo relativo
A duração dos anos em cada planeta está relacionada principalmente à gravidade. Obviamente, a força gravitacional do Sol é sentida com mais intensidade conforme nos aproximamos dele. Por isso, planetas próximos giram mais rápido, enquanto planetas distantes giram mais devagar.
Outra coisa a se considerar é a massa do planeta em questão. Quanto mais pesado ele for, mais forte será a atração. Quando dobramos sua massa, dobramos também a gravidade.
Em relação à distância, porém, é diferente. Quando a dobramos, a força da gravidade não cai à metade, mas a um quarto. Um planeta três vezes mais distante do Sol é atraído de forma nove vezes mais fraca, e assim sucessivamente. Conforme explica o Exploratorium, a força diminui o quadrado da distância.
Agora, pense em Plutão. Além de ser pequeno, ele está muito longe do Sol. Ambos os fatores contribuem para que sua translação seja demorada. Não existe vida por lá, mas, se existisse, os habitantes precisariam ter paciência.
Além desta, o museu virtual conta com outras ferramentas interessantes, como a que estima o seu peso em outros planetas e uma galeria de fotos das “paisagens” mais bonitas do sistema solar.
*Matéria Olhar Digital
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