A Pfizer afirmou na última sexta-feira (5) que sua pílula contra Covid-19 reduziu em aproximadamente 90% as taxas de hospitalização e morte em adultos de alto risco. A farmacêutica desenvolve um medicamento fácil de usar para tratar o coronavírus.
A Merck, concorrente da Pfizer, já está com a sua pílula contra a Covid-19 sendo analisada pela a agência de saúde estadunidense Food and Drug Administration (FDA). O remédio teve bons resultados iniciais e na última quinta-feira (4) o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprová-lo.
Especialistas, no entanto, recomendaram interromper o estudo da Pfizer com base na força de seus resultados, que eram fracos. Por isso, a farmacêutica informou que pedirá para a FDA e aos reguladores internacionais que autorizem sua pílula o mais rápido possível.
A busca por uma pílula para aliviar os sintomas da Covid-19 e que possa ser tomada tranquilamente em casa sempre foi uma das prioridades das farmacêuticas desde o início da pandemia.
Ter pílulas para tratar a Covid-19 precoce “seria um avanço muito importante”, disse o Dr. John Mellors, chefe de doenças infecciosas da Universidade de Pittsburgh, que não participou do estudo da Pfizer.
“Se alguém desenvolvesse sintomas e testasse positivo, poderíamos pedir uma receita à farmácia local, como fazemos para muitas doenças infecciosas”, disse ele.
Na sexta, a Pfizer divulgou os resultados preliminares de seu estudo, que contou com 775 adultos. Os pacientes que receberam o medicamento da empresa junto com outro antiviral tiveram uma redução de 89% em sua taxa combinada de hospitalização ou morte após um mês. De acordo com a farmacêutica, menos de 1% dos pacientes que tomaram o medicamento precisaram ser hospitalizados e ninguém morreu. No grupo de comparação, 7% dos voluntários foram hospitalizados, com sete mortes.
“Esperávamos ter algo extraordinário, mas é raro ver grandes drogas surgirem com quase 90% de eficácia e 100% de proteção contra a morte”, argumentou o Dr. Mikael Dolsten, diretor científico da Pfizer. “É muito cedo para dizer quem ganhou os cem metros rasos [da corrida pela pílula contra Covid-19]”, disse Mellors. “Há uma grande diferença entre 50% e 90%, mas precisamos ter certeza de que as populações eram comparáveis”, concluiu.
Nenhum dos participantes estava vacinado contra o coronavírus.
*Matéria Olhar Digital, com F3 Notícias
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