Operação Último Lance, da Polícia Federal, teve desdobramento em Franca nesta terça-feira para cumprimento de mandado de busca e apreensão. A investigação é conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Bauru e a Delegacia de Repressão e Combate à Corrupção e aos Crimes contra Sistema Financeiro Nacional da Superintendência da PF em São Paulo (Delecor). A Receita Federal deu apoio no trabalho.
A força policial identificou a partir de análise de Relatórios de Inteligência Financeira – RIFs, utilizados após a devida e prévia autorização judicial, além de ações fiscais, a existência da criação de dezenas de empresas “de fachada”, com a utilização de inúmeros “laranjas” como sócios para a ocultação de “vultosa movimentação financeira”, como classificou a PF. Os crimes envolvem suspeitos que participavam de leilões.
O montante em um dos relatórios analisados ultrapassou os R$ 600 milhões.
Entre os 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Criminal Federal Especializada em Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e Crimes de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores de São Paulo/SP está endereço de Franca. Não foi dado mais detalhes pela PF. Houve também ações em São Paul, Pindamonhangaba e Bauru.
“As investigações continuam e os envolvidos poderão, em tese, ser processados pelos crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e, principalmente o crime de ocultação indevida de valores, previsto pela Lei nº 9.613/98.
O nome da operação se deve ao fato da atuação de grande parte das empresas investigadas ocorrer no ramo de leilões”, detalhou nota da Polícia Federal.
Ao todo, 80 policiais autaram nos diferentes endereços sob investigação.
Foto: Divulgação Agência Brasil