A Prefeitura de Franca protocolou na Câmara Municipal pedido para retirar o projeto de lei n° 77/2021, que trata sobre o auxílio emergencial para a empresa São José. A proposta era encaminhar R$ 1,35 milhão para a concessionária do serviço de transporte público municipal. A justificativa apresentada era de que seriam comprados bilhetes de passagem para a população em situação de vulnerabilidade.
A proposta gerou muita polêmica e após movimentação popular nas redes sociais a aprovação da proposta passou a ficar cada vez mais difícil. Além disso, houve manifestação dos próprios vereadores de que o projeto não iria prosseguir. O F3 Notícias fez consulta com todos os vereadores nesta segunda-feira (21) e a maioria indicou que iria votar contrária.
A São José, concessionária que opera o transporte coletivo urbano em Franca, tenta na Justiça a garantia de manter em funcionamento a maioria da sua frota. A empresa protocolou ação na sexta-feira (18) com pedido para ter uma frota mínima em circulação na cidade.
“A concessionária, que teve a sua saúde financeira ainda mais abalada desde o início da pandemia, ficou sem receita alguma durante o período de lockdown. Durante duas semanas, por força de decreto municipal, como nenhum passageiro foi transportado, a concessionária não conseguiu efetuar o pagamento dos seus compromissos com os seus funcionários e fornecedores”, informou a concessionária, por meio de nota. Franca ficou no período de lockdown entre os dias 27 de maio e 10 de junho.
A empresa voltou a atrasar o salário dos funcionários na semana passada. Por conta do não pagamento, os motoristas entraram em greve e o serviço de transporte público municipal na cidade está prejudicado desde o final de semana.
A concessionária divulgou que caso a paralisação realizada pelo Sindicato dos Motoristas de Franca e Região for mantida por tempo indeterminado, a situação do transporte público na cidade deve se tornar ainda mais prejudicada.
Pandemia e o transporte municipal
Com as novas regras de funcionamento do transporte municipal na cidade, os ônibus podem circular com limitação de 50% da sua capacidade. Também estão funcionando o transporte por aplicativo, táxi e mototáxi.
Logo quando a pandemia do novo coronavírus iniciou, em março de 2020, a São José fez a demissão de 51 funcionários em maio do ano passado como forma de corte de custos. A empresa alegou redução de até 80% no número de passageiros, apesar de 40% da frota continuar funcionando, para realizar os cortes.
Em 2020, com o governo de Gilson de Souza (DEM), houve a possibilidade de a Prefeitura repassar até R$ 180 mil por mês para a São José. O projeto foi barrado na Câmara.
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