Hélio Rubens Garcia é um esportista apaixonado e dedicado à transformação que o esporte pode promover na vida de uma pessoa. O ex-técnico do Franca Basquete, da seleção brasileira e uma referência no basquete nacional passou a analisar alguns aspectos do esporte em sua conta do Instagram. Entre os tópicos que ele comentou nesta semana está a possibilidade de um país ser transformado por conta do esporte.
“Sempre disse que a partir do momento que o governo brasileiro decretasse obrigatória a prática de esportes nas escolas, a gente naturalmente seria uma potência esportiva mundial em todas as modalidades. Todas. Não tenho a menor dúvida disso. É o que acontece com o Estados Unidos, né? Não conheço um pai de família norte-americano que não tenha praticado esporte. É o aspecto educacional, formativo do esporte que faz toda a diferença e o mundo vem mostrando isso”, analisou.
O francano é filho de esportista, Francisco Garcia dos Nascimento, o Cachoeira, e aprendeu desde cedo sobre competir na vida e tornar o esporte um sinônimo de conquista, luta e aprendizado.
“Consigo ver que as grandes nações usam o esporte como método transformador, algo que sempre falei como sendo fundamental para o nosso país. O Brasil, infelizmente, ainda está engatinhando nesse ponto. Quando, de fato, levarmos o esporte a sério nas escolas, viraremos uma potência em todos os aspectos”, observou Hélio Rubens, que está com 80 anos e tem toda a vida dedicada ao esporte.
O conceito de esporte para todos passou a ser discutido em 1966, no Conselho da Europa. Mas especificamente no Brasil, depois das Olimpíadas de Sydney, em 2000, houve uma maior discussão nacional sobre preparar o país. Isso porque naquela competição a participação brasileira foi fraca. Em 21 de junho de 2001 foi criado o Programa Esporte na Escola. Nesse projeto, a proposta era levar a educação física para todas as escolas brasileiras, além de realizar a construção de ginásios e ambientes esportivos, atualização de professores e aquisição de material pedagógico-esportivo.
Especificamente em Franca, iniciação esportiva é uma realidade há mais de 15 anos, com aulas em contra-turno escolar de diferentes modalidades e oferecidas pela Prefeitura. A participação nessas aulas é facultativa e depende de inscrição, tendo fila de espera, em algumas circunstâncias, porque não é universal o atendimento.
“Não é necessariamente criar a falsa ideia de que só será eficaz se produzir campeões olímpicos, ou se a partir destas descobertas futuramente o Brasil vai subir no quadro final de medalhas das próximas Olimpíadas. Uma política de esporte escolar, necessariamente, deverá ter suas ações voltadas a prática de um modelo de esporte que tenha características de socialização e integração entre seus participantes”, sugeriu Luis Carlos de Jesus Gaspar, pesquisador da área e professor em Santa Catarina e publicou o estudo “Política Pública de Esporte Escolar e Educação Física Escolar”.
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