A Câmara Municipal de Franca recebeu na manhã desta terça-feira (10) servidores municipais em ato de protesto ao Projeto de Lei do Poder Executivo que prevê a terceirização dos serviços da limpeza na área da Saúde.
O projeto para a mudança no formato dos trabalhos foi enviado à Câmara pelo prefeito Alexandre Ferreira (MDB) e virou tema de debate. Com um projeto anual de mais de R$ 5,5 milhões, o objetivo da prefeitura é colocar em prática já em 2022, com custos até dezembro de mais de R$ 3,2 milhões. Cerca de 150 servidores devem ser afetados.
A discussão foi gerada por conta da possível perda de benefícios dos servidores. Na Tribuna, o trabalhador Pedro Barbosa falou sobre a ideia e afirmou que os servidores não foram ouvidos sobre a alteração nos serviços.
“Fomos pegos de surpresa. Quando cheguei para trabalhar, fui cumprimentar uma colega de trabalho que estava com os olhos cheios de lágrimas perguntando o que seria de nós. Eu disse que estamos nas mãos de Deus. Se ganhamos horas extras, é porque precisamos e porque não tem funcionários suficientes. Nós não somos os culpados”, afirmou Pedro.
O servidor fez um apelo aos vereadores para que o projeto não seja aprovado. “Vamos perder adicional pronto-socorro, insalubridade, adicional noturno e horas extras. Cada um tem sua história, a nossa vida já está adequada com base nesse trabalho há anos”, completou.
O projeto está na pauta da Câmara e será votado na tarde desta terça-feira.