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Surto de mão-pé-boca chega a seis bairros de Franca e interrompe atividades de creches

Surto de mão-pé-boca chegou à rede municipal de ensino de Franca e seis unidades precisaram suspender os atendimentos. No começo do mês, em Patrocínio Paulista, ocorreu a mesma situação

As creches ficam nos bairros Aeroportos I e III, Jardim Santa Bárbara, Jardim Riviera, City Petrópolis e Vila Aparecida. As aulas estão suspensas desde o dia 10 em alguns locais e só vão retornar a partir do dia 17, dependendo do local.

O Ministério Público chegou a ser acionado e a Vigilância Epidemiológica acompanha a situação.

Veja o calendário das interrupções de atendimento em cada creche:

Aeroporto I, uma sala de berçário, de 12 a 18/02;

Aeroporto III, duas salas de berçário, de 10 a 16/02;

Jardim Santa Bárbara, uma sala de berçário, de 11 a 17/02;

Jardim Riviera, uma sala de berçário, de 12 a 18/02;

City Petrópolis, três salas de berçário, de 13 a 19/02;

Vila Aparecida, uma sala de maternal, de 13 a 19/02.

Caso parecido ocorreu em todo o Estado de São Paulo em 2023, quando foi registrado um aumento de 149% entre janeiro e março daquele ano em comparação com o mesmo período de 2022. Naqueles três meses foram registrados no Estado 391 surtos, valor maior do que os registrados em todo o ano de 2022, com 387 ocorrências. Goiás, Tocantins, Santa Catarina e Rio Grande do Sul passaram pelo mesmo problema em 2023 e 2024.

Mão-Pé-Boca é uma doença causada por vírus. Essa síndrome resulta em lesões que se concentram nas mãos e nos pés, mas podem avançar para braços e pernas.

Tratamento:

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias.

Por isso, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas. Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves.

O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

Sobre a doença

A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.

Sinais característicos da doença:

– febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;

– aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;

– erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;

– mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;

– por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.

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