Foi aprovado na 1ª Sessão Extraordinária, por 12 votos favoráveis (Carlinho Petrópolis, Donizete da Farmácia, Claudinei da Rocha, Daniel Bassi, Pastor Palamoni, Lindsay Cardoso, Lurdinha Granzotte, Kaká, Zezinho Cabeleireiro, Marcelo Tidy, Ilton Ferreira e Luiz Amaral) e 2 contrários (Gilson Pelizaro e Ronaldo Carvalho), o Projeto de Decreto Legislativo 13/2024, de autoria do vereador Luiz Amaral (Republicanos), que outorga Título de Cidadão Francano ao governador do Estado de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
O projeto foi colocado em discussão e votado em um período que o governador vem sendo criticado por conta de casos de violência policial. No caso específico de Franca, foi lembrado que Tarcísio de Freitas chegou a ser contrário à construção do Hospital Regional na cidade, mas depois recuou.
Marcelo Tidy (MDB) defendeu a proposta e elogiou Tarcísio de Freitas. “Quando concede um título de cidadão, a gente escolhe uma pessoa que tem um legado para o nosso município. Todo agente público tem falhas e virtudes, isso temos na cidade começando por nós vereadores, às vezes tomamos decisões que agradam parte da população e, às vezes, desagradam parte da população. Assim acontece com Poder Executivo e assim acontece em nível federal. Acredito que o governador sendo cidadão francano vai ficar mais fácil da gente cobrar os investimentos na nossa saúde, infraestrutura, moradia, em todos projetos que o governo tem.”
O vereador Luiz Amaral (Republicanos), autor da proposta, foi comedido na justificativa. “É como foi falado, tem falhas, mas temos que agradecer muitas coisas que ele (governador) tem feito ao Município de Franca. E com certeza a gente vai poder contar com ele.”
O vereador Gilson Pelizaro (PT), que votou contrário, reclamou da iniciativa do Legislativo francano. “Um governador que tira 5% da verba do recurso vinculado à educação, um governador que privatiza escolas, um governador que tira professor auxiliar de alunos portadores de necessidades especiais, um governador que trata a segurança pública do modo que estamos vendo nos dias de hoje, eu peço licença ao colega que não tem nada pessoal nessa questão, apenas uma questão política, quero manifestar meu voto contrário.”
O vereador Ronaldo Carvalho (PP) também votou contrário. “Lógico que o governo Tarcísio tem seus méritos, mas uma coisa que prejudicou muitos municípios do Estado foi a privatização da Sabesp. E a população já está sentindo o efeito da privatização, o atraso nos serviços, a qualidade do serviço ruim, agora no começo do ano vem tem um Plano de Demissão Voluntária e muita gente vai sair da Sabesp. Além da perda do material humano, a experiência quanto ao saneamento básica é irreparável.
Biografia
Tarcísio Gomes de Freitas, 49 anos, é militar, engenheiro e político brasileiro, filiado ao partido Republicanos. Nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1975 e é casado com Cristiane Freitas. Ingressou no Exército Brasileiro em 15 de fevereiro de 1992, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, situada em Campinas.
Em seguida, foi para a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, onde foi declarado Aspirante a Oficial da arma de Engenharia em 30 de novembro de 1996, sendo o segundo colocado de sua turma.
Foi promovido a Segundo Tenente em 31 de agosto de 1997, a Primeiro Tenente em 25 de dezembro de 1998 e a Capitão em 25 de dezembro de 2002. Entre 1999 e 2002, estudou no Instituto Militar de Engenharia, formando-se em engenharia civil, tendo obtido a maior média histórica do curso na instituição.
A seguir, na mesma instituição, concluiu o mestrado em engenharia de transportes em 2008. Trabalhou como engenheiro militar de 2003 a 2008, tendo sido chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, entre 2005 e 2006.
Em 2008, deixou o serviço militar, no posto de capitão, ao ingressar no serviço público federal como analista de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde foi assessor do diretor de auditoria da área de infraestrutura entre 2008 e 2011, e coordenador-geral de auditoria da área de transportes em 2011, ano em que foi indicado para a função de diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) pelo general Jorge Fraxe. Freitas foi promovido à diretoria-geral do DNIT em 2014, tendo exercido o cargo de diretor-geral entre 22 de setembro de 2014 e 16 de janeiro de 2015, quando foi nomeado consultor legislativo da Câmara dos Deputados.
Em 2015, atuou como secretário da Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), responsável pelo programa de privatizações, concessões e desestatizações. Em 2016, foi secretário da Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), responsável pelo programa de privatizações, concessões e desestatizações, já no governo Michel Temer. Em novembro de 2018, foi anunciada pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro a escolha de Freitas para assumir o Ministério da Infraestrutura.
Assumiu o comando do ministério, em janeiro de 2019, com a missão de finalizar obras inacabadas e conceder o máximo possível de ativos para a iniciativa privada.