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Transparência na divulgação de dados e confinamento são as armas de combate ao novo coronavírus

Um dos principais integrantes do Comitê de Enfrentamento do Novo Coronavírus em Franca confirmou nesta quinta-feira (26) que não “há interesse em esconder informação da população” com relação a dados sobre a doença. No último boletim divulgado, do dia 26, não há casos confirmados, e, sim, 24 em investigação.

A fala sobre a transparência na política pública foi do médico da Vigilância Epidemiológica da cidade Homero Rosa Jr., que está no cargo há 15 anos. Segundo ele, é necessária a divulgação constante sobre a situação para manter a população alerta.

De acordo com dados médicos e na comparação com outras ocorrências da doença em países da Europa e na China, Franca atravessa um momento crítico para a disseminação da Covid-19. “Estamos trabalhando para ter poucos casos e nenhuma morte”, reconheceu Homero Rosa Jr.

Os resultados dos casos suspeitos estão na fila de processamento do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. E como há demanda de outras cidades, a resposta pode demorar. “Nessa investigação epidemiológica trabalhamos sempre com muita transparência. Em relação à Covid-19, estamos aguardando resultados, que são feitos em São Paulo. Não tem como em Franca ou Ribeirão Preto, que muitas vezes faz alguns exames, processá-los. Eles são muito específicos”, aponta o médico.

Homero Rosa Jr. ainda ressaltou que motivação política ou de outra natureza precisa ser colocada em segundo plano no combate à epidemia do novo coronavírus. “Não há interesse nenhum, principalmente para mim, como médico, esconder alguma informação da população. A transparência e a verdade são mais importantes que motivos políticos ou qualquer outro.”

O atual momento de confinamento, que por decreto municipal e estadual vai até 7 de abril, ainda se faz necessário, na avaliação técnica, para se evitar uma doença ainda pouco conhecida. “A estratégia epidemiológica é feita para combater uma doença que ainda não temos vacina e nem tratamento para combatê-la. Estamos aprendendo com os acertos e erros de outros países. E o que mais se mostrou acerto em outros lugares para grande dispersão do vírus é justamente a contenção das pessoas na não-circulação. Nesse momento ainda é muito necessário essa contenção”, reforçou o especialista.

Assista à entrevista

Gráfico: Prefeitura de Franca

*Atualizada às 19h para acréscimo de informações

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