Pacientes em estado grave internados no Hospital do Coração, em Franca, estão sendo submetidos a um tratamento que utiliza a bolha de respiração individual controlada para tentar evitar a entubação. Esse equipamento é descartável e atua como um ventilador mecânico, sendo menos invasivo que outros métodos.
O Grupo Santa Casa, que administra o Hospital do Coração, não detalhou se esse equipamento é possível ser utilizado em todos os pacientes que estão em estado grave. “A utilização da Bolha de Respiração pode reduzir a inflamação pulmonar, melhorando a oxigenação e o esforço do paciente, prevenindo a intubação e evitando a ventilação mecânica invasiva com alto risco”, informou o hospital, por meio de nota.
Com esse sintoma, há uma chance de o período de internação ser reduzido e também pode ajudar a evitar infecções. Quando o hospital consegue reduzir o tempo de internação, há mais leitos disponíveis para atendimento, mesmo que o total da capacidade não seja ampliada.
A bolha ainda permite que o contato entre paciente e profissional da saúde seja mais seguro. “Por ser um mecanismo totalmente vedado, diminui potencialmente as chances de contaminação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à COVID-19”, afirmou nota do Grupo Santa Casa.
Atualmente, os funcionários da saúde estão em um dos grupos mais suscetíveis à contaminação do novo coronavírus. Em Franca, só quem trabalha no comércio é que corre mais risco, conforme boletim da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Franca.
O equipamento tem dois mecanismos para aumentar o grau de proteção dos pulmões: o primeiro é o cateter nasal de alto fluxo que injeta constantemente ar umidificado a 100% e aquecido a 37º C nas vias aérea superiores através das narinas, resultando na lavagem do pulmão e remoção das moléculas de gás carbônico a cada expiração.
Esse método permite melhor oxigenação no paciente e a eliminação do gás carbônico do sangue, gerando alívio na sensação de dispneia e diminuição do trabalho dos músculos inspiratórios.
O outro mecanismo é quando o capacete é conectado a um ventilador mecânico, o que resulta em uma pressão constante nas vias aéreas superiores, chegando aos alvéolos, permitindo que o paciente respire melhor, com menos força e menos falta de ar.
O médico Laurence Dias de Oliveira, coordenador técnico da Ala COVID do Grupo Santa Casa de Franca, explicou que a equipe está fazendo monitoramento para identificar a eficácia do sistema. “Os dados preliminares da utilização do equipamento na instituição evidenciam a diminuição do tempo de internação e a necessidade de intubação dos pacientes – evitando que possam vir a sofrer posteriormente com sequelas advindas deste processo”, analisou.
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